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Presidente do BCE vê crescimento fraco, dominado por riscos negativos

4 dez 2024 - 11h48
(atualizado às 14h21)
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O crescimento econômico da zona do euro pode ser mais fraco nos próximos meses e as perspectivas de médio prazo são incertas, com predominância de riscos negativos, disse a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, em uma audiência parlamentar na quarta-feira.

Presidente do BCE, Christine Lagarde, fala a repórteres, em Frankfurt, na Alemanha
12/09/2024
REUTERS/Jana Rodenbusch
Presidente do BCE, Christine Lagarde, fala a repórteres, em Frankfurt, na Alemanha 12/09/2024 REUTERS/Jana Rodenbusch
Foto: Reuters

A economia da zona do euro ficou praticamente estagnada nos últimos 18 meses, e a recuperação há muito prevista não se concretizou.

O crescimento fraco ajudou a domar a inflação descontrolada, mas algumas autoridades estão preocupadas com o fato de o crescimento estar tão fraco que a inflação poderia cair abaixo da meta de 2% do BCE, como nos anos pré-pandemia.

"Dados baseados em pesquisas sugerem que o crescimento será mais fraco no curto prazo, devido à desaceleração do crescimento no setor de serviços e à contínua contração no setor industrial", disse Lagarde à Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas.

"Entretanto, as perspectivas econômicas de médio prazo são incertas e dominadas por riscos negativos", acrescentou Lagarde. "Os riscos geopolíticos são elevados, com ameaças crescentes ao comércio internacional."

Dada a natureza aberta do bloco, as barreiras comerciais representam uma ameaça à produção e ao investimento, acrescentou Lagarde.

Ainda assim, ela disse que pode haver alguma recuperação no futuro, impulsionada pelo aumento do investimento e dos gastos do consumidor, devido ao aumento da renda real.

A inflação, que paira um pouco acima da meta de 2% do BCE, pode aumentar no último trimestre de 2024, mas cairá de volta para a meta no próximo ano, disse Lagarde, repetindo sua orientação sobre os preços.

O BCE se reunirá em 12 de dezembro e economistas esperam, em sua maioria, outro corte de 25 pontos-base na taxa de juros, o quarto movimento desse tipo neste ano.

Lagarde fez pouco para influenciar essas expectativas, dizendo apenas que o banco seguirá uma abordagem dependente de dados e de reunião a reunião.

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