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Prévia da inflação acelera e fica em 0,35% em setembro, puxado pelos combustíveis; em 12 meses, taxa vai a 5%

IPCA: óleo diesel teve alta de 17,93%, enquanto a gasolina subiu 5,18%; alimentação teve queda, puxada por batata inglesa, cebola e feijão

26 set 2023 - 09h33
(atualizado às 09h45)
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Risco de aumento do IPCA em razão dos preços do combustível e dos alimentos ainda é alto
Risco de aumento do IPCA em razão dos preços do combustível e dos alimentos ainda é alto
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

A inflação voltou a dar sinais de aceleração em setembro. O IPCA-15, prévia da inflação oficial, ficou em 0,35% neste mês, 0,07 ponto porcentual acima do índice de agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 26, pelo IBGE. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,74% e, em 12 meses, de 5% - acima dos 4,24% nos 12 meses terminados em agosto. Em setembro do ano passado, a taxa havia ficado em -0,37%.

De acordo com o IBGE, seis dos nove grupos pesquisados registraram alta em setembro. A maior variação (2,02%) e o maior impacto (0,41 ponto porcentual no índice) vieram de Transportes. Chamam a atenção dentro desse grupo os aumentos do diesel (17,93%) e da gasolina (5,18%). O etanol, por sua vez, registrou queda de 1,41%.

Também dentro do grupo Transportes, as passagens aéreas, que tinham caído 11,36% em agosto, subiram 13,29% este mês.

O grupo Habitação teve alta de 0,3% no mês. Destaca-se, nesse caso, a alta da energia elétrica residencial (0,66%), influenciada pelo reajuste de 9,40% em Belém (8,81%), a partir de 15 de agosto. "A alta da taxa de água e esgoto (0,12%) decorre do reajuste de 5,02% em Brasília (2,76%), a partir de 1º de agosto. Já a queda em gás encanado (-0,46%) decorre de reduções tarifárias em duas áreas de abrangência: em Curitiba (-1,47%), redução de 2,23%, a partir de 4 de agosto; e no Rio de Janeiro (-0,84%), redução média de 1,70%, a partir de 1º de agosto", diz o IBGE.

No lado das quedas, segundo o IBGE, o destaque ficou com o grupo Alimentação e bebidas, que recuou 0,77% no mês. O resultado foi influenciada pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,25%). "Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-10,51%), da cebola (-9,51%), do feijão-carioca (-8,13%), do leite longa vida (-3,45%), das carnes (-2,73%) e do frango em pedaços (-1,99%). Já os preços do arroz (2,45%) e as frutas (0,40%) subiram, com destaque para o limão (32,20%) e a banana-d'água (4,36%)", diz o comunicado do IBGE.

Estadão
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