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Prévia da inflação estoura teto da meta em setembro

IPCA-15 acelerou 0,39%, atingindo 6,62% em 12 meses

19 set 2014 - 10h24
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<p>A prévia da inflação oficial acelerou a 0,39% em setembro com a retomada da alta dos preços de alimentos, superando em 12 meses o teto da meta do governo para atingir o maior nível em mais de um ano. </p>
A prévia da inflação oficial acelerou a 0,39% em setembro com a retomada da alta dos preços de alimentos, superando em 12 meses o teto da meta do governo para atingir o maior nível em mais de um ano.
Foto: Bruno Domingos / Reuters

A prévia da inflação oficial no Brasil acelerou a 0,39% em setembro com a retomada da alta dos preços de alimentos, superando em 12 meses o teto da meta do governo para atingir o maior nível em mais de um ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 6,62% em 12 meses, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, maior patamar desde junho de 2013 (6,67%).

Há meses a inflação no País não se afasta do teto da meta do governo - de 4,5% pelo IPCA, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos - tornando-se um tema de destaque às vésperas da eleição presidencial, em outubro.

Em agosto, o IPCA-15 havia subido 0,14%, acumulando em 12 meses 6,49%. Já o IPCA encerrou o mês passado com alta de 0,25%, chegando em 12 meses a 6,51%.

Os números de setembro do IPCA-15 ficaram acima da expectativa em pesquisa da Reuters, cujas medianas apontavam alta de 0,35% na base mensal e de 6,57% em 12 meses.

Segundo o IBGE, em setembro os preços do grupo Alimentação e Bebidas voltaram a subir, somando 0,28%, após queda de 0,32% em agosto, representando impacto de 0,07 ponto percentual no IPCA-15 deste mês.

O grupo Habitação foi o que mostrou maior impacto no índice neste mês, de 0,11 ponto, embora a alta tenha desacelerado a 0,72%, sobre 1,44% no mês anterior.

O IBGE informou ainda que o principal impacto individual foi exercido por passagens aéreas, com 0,07 ponto percentual em setembro, depois de os preços subirem 17,58¨%. Com isso o grupo Transportes mostrou aceleração na inflação, a 0,45% em setembro, contra 0,20%.

A alta dos preços no País vem mesmo com a atividade econômica fraca, que entrou em recessão no primeiro semestre, minando a confiança tanto de empresários quanto do consumidor.

Para o Banco Central, segundo a mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a pressão sobre os preços é elevada, mas não mais "resistente".

As expectativas de economistas de instituições financeiras são de que o IPCA encerrará este ano a 6,29%, mas não deve arrefecer em 2015, terminando no mesmo patamar, segundo a pesquisa Focus do BC.

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