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Prévia do PIB avança 0,30% no primeiro trimestre, diz BC

Em março, Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou contração de 0,11%

16 mai 2014 - 08h58
(atualizado às 10h25)
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A economia brasileira perdeu fôlego ao longo dos três primeiros meses deste ano, destacando a fragilidade da atividade em meio a um cenário de inflação ainda alta e confiança abalada.

Fachada do Banco Central em 15 de janeiro, em Brasília. Nesta sexta-feira, a autoridade monetária informou que o Brasil registrou déficit em transações correntes e que os investimentos não cobriram o rombo no mês de março. 15/01/2014.
Fachada do Banco Central em 15 de janeiro, em Brasília. Nesta sexta-feira, a autoridade monetária informou que o Brasil registrou déficit em transações correntes e que os investimentos não cobriram o rombo no mês de março. 15/01/2014.
Foto: Reuters

No primeiro trimestre deste ano, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve expansão de 0,30% sobre os três últimos meses de 2013. No quarto trimestre passado, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,7% sobre o período anterior, fechando 2013 com crescimento de 2,3%, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IBC-Br - espécie de sinalizador do PIB - recuou 0,11% em março sobre fevereiro, quando o indicador havia ficado praticamente estável, com leve expansão mensal de 0,02%. Este dado foi revisado, de alta de 0,24%, pelo BC. Em janeiro, na comparação mensal, o IBC-Br havia crescido 1,47%.

"A trajetória (do IBC-Br) é inequívoca ao mostrar estagnação da economia, os números não são convincentes. O crescimento do PIB no primeiro trimestre não deve ser mais do que 0,5%", avaliou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, que vê o PIB crescendo neste ano em torno de 1,6%.

O resultado mensal do IBC-BR de março ficou em linha com a expectativas em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,10%. Em 12 meses, o avanço foi de 2,11% também em março. A economia brasileira não consegue mostrar recuperação neste ano, afetada pelo mau desempenho de importantes setores, como o industrial, e pela falta de confiança dos agentes econômicos. O cenário também inclui vendas no varejo sem força, em meio à inflação elevada e crédito mais caro, vindo da política de aperto monetário adotado pelo BC há um ano e que tirou a Selic da mínima histórica de 7,25% para os atuais 11%.

"Considerando-se outros indicadores coincidentes, continuamos acreditando que o PIB do primeiro trimestre apresentará desaceleração ante o período anterior", afirmou em nota o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros. Em março, a produção industrial recuou 0,5% em meio à perda de força dos investimentos, enquanto as vendas no varejo sofreram com os preços altos e caíram 0,5%. A expectativa de economistas ouvidos pelo BC, via pesquisa Focus, é de que o PIB crescerá apenas 1,69% neste ano, abaixo dos 2,3% vistos em 2013.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga no dia 30 de maio os dados sobre o PIB do primeiro trimestre deste ano.

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