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Previsão do FMI para PIB do Brasil é pessimista, diz Mantega

Fundo Monetário Internacional divulgou nesta terça-feira projeção de crescimento de 0,3% para a economia do País neste ano

7 out 2014 - 18h16
(atualizado às 18h17)
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<p>&quot;Das economias avan&ccedil;adas, apenas os Estados Unidos e o Reino Unido est&atilde;o crescendo. O Jap&atilde;o parou de crescer, a Alemanha est&aacute; com dificuldades&quot;, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega</p>
"Das economias avançadas, apenas os Estados Unidos e o Reino Unido estão crescendo. O Japão parou de crescer, a Alemanha está com dificuldades", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou pessimista a previsão de crescimento de 0,3% para a economia brasileira neste ano, divulgada nesta terça-fera pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ele, a recuperação da atividade econômica no segundo semestre levará o País a encerrar 2014 com crescimento maior.

Para o ministro, as estimativas do FMI foram influenciadas pelo baixo crescimento da economia mundial, marcada pela lenta na recuperação nos Estados Unidos e pela manutenção do baixo crescimento na Europa. Ele acredita ainda que o fraco desempenho da economia no primeiro semestre interferiu na projeção.

“A projeção parece pessimista por parte do fundo. Tivemos um primeiro semestre mais fraco, porém estamos observando recuperação da economia brasileira no segundo semestre. A partir de julho, temos uma aceleração moderada do crescimento”, declarou Mantega.

O ministro mostrou diversos indicadores que mostram a recuperação da produção e do consumo no segundo semestre. Segundo ele, as vendas de veículos saltaram 13,7% em setembro, e as vendas nos supermercados aumentaram 2,53% acima da inflação em agosto.

De acordo com Mantega, outro fator que contribuiu para o baixo crescimento no primeiro semestre foi o aumento de juros pelo Banco Central para segurar a inflação. Segundo Mantega, a estabilização dos índices de preços permitiu que a autoridade monetária anunciasse medidas que aumentarão o volume de crédito, como redução do compulsório e melhorias na regulação.

“Temos vários indicadores de que está havendo retorno do crédito com a redução do compulsório e o aumento [do prazo] do crédito compulsório. O crédito está retornando rapidamente, o que levará a crescimento moderado da economia até o fim do ano”, disse.

Destacando a estagnação da economia global, o ministro atribuiu ao cenário econômico internacional peso maior nas previsões do FMI do que fatores internos. “Das economias avançadas, apenas os Estados Unidos e o Reino Unido estão crescendo. O Japão parou de crescer, a Alemanha está com dificuldades. Tem gente querendo atribuir esses fenômenos a problemas brasileiros, mas são problemas mundiais”, argumentou.

Segundo o ministro, o governo entregará a economia no fim do ano em situação sólida, com baixa dívida externa, altas reservas internacionais e desemprego em níveis mínimos. “Ao contrário de outros países, temos parâmetros econômicos saudáveis. O nível de emprego está alto, o mercado consumidor intacto, e a massa salarial crescendo. É um privilégio do Brasil enquanto muitos países enfrentam desemprego e queda dos salários”, rebateu.

Inflação

Mantega também afirmou que o controle à alta de preços não exige juros elevados. "O combate eficiente da inflação não requer juros tão elevados como os praticados no passado", disse o ministro.

Em nova defesa da política econômica de Dilma Rousseff (PT), que disputa o segundo turno da eleição presidencial com Aécio Neves (PSDB), Mantega classificou o programa da oposição de "política conservadora neoliberal". O minsitro criticou as propostas econômicas do PSDB, apresentadas pelo economista Armínio Fraga, dizendo que o combate à inflação defendido pela oposição vai gerar desemprego e recessão.

"Vai provocar recessão na economia. Poderá baixar a inflação, sim, mas não adianta nada."

Com informações da Agência Brasil e da Reuters

Fonte: Terra
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