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PRF escolta caminhões-tanque até aeroportos, diz Jungmann

24 mai 2018 - 12h26
(atualizado às 12h27)
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O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, declarou hoje (24) que o emprego de força federal para conter a greve dos caminhoneiros não foi requisitada pelos Estados, mas que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem feito a escolta de caminhões-tanque até os aeroportos, para que possam abastecer aeronaves.

Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, durante entrevista coletiva em Brasília
07/03/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, durante entrevista coletiva em Brasília 07/03/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Jungmann falou com a imprensa após palestra durante a Conferência sobre Segurança Pública na Fundação Getulio Vargas (FGV), na capital paulista. "O governo, evidentemente, monitora [a greve dos caminhoneiros] e temos informações praticamente hora a hora, produzidas pela Polícia Rodoviária Federal e área de inteligência."

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann  disse que o governo monitora [a greve dos caminhoneiros] e temos informações praticamente hora a hora, produzidas pela Polícia Rodoviária Federal e área de inteligência" - Valter Campanato/Agência Brasil

Um gabinete de crise do governo federal trabalha no monitoramento, segundo o ministro, e uma eventual utilização das Forças Armadas ocorreria somente em "último caso". "Não temos tido maiores choques. Temos, efetivamente, bloqueios", disse.

Susp

A crise trazida pela paralisação dos caminhoneiros atrasou a sanção do projeto de lei que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), antes prevista para ocorrer esta semana. De acordo com Jungmann, alguns ministérios ainda "se debruçam" sobre o projeto e poderão sugerir vetos.

Para o ministro, a melhor maneira de lidar com o tema de segurança pública é investir em uma política nacional estruturada na prevenção e rever o sistema penitenciário. Segundo Jungmann, três em cada quatro presos no país praticaram roubo, furto ou são usuário de drogas e pequeno traficante. "Estamos abarrotando o nosso sistema".

O ministro defende ampliação do uso de penas alternativas e de tornozeleiras eletrônicas para evitar que jovens que cometeram crimes leves sejam recrutados pelo crime organizado dentro das cadeias. "O sistema penitenciário é controlado por gangues e quadrilhas pelo Brasil afora."

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