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Procon: taxa de conveniência para ingressos é "caça-níquel"

Entidade já aplicou cerca de R$ 5 milhões em multas a companhias de venda de ingressos

7 mai 2014 - 19h25
(atualizado às 19h27)
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O diretor-executivo da Fundação Procon-SP, Paulo Arthur Lencioni Góes, criticou duramente a cobrança da taxa de conveniência imposta aos consumidores que adquirem ingressos para shows, eventos e espetáculos pela internet nesta quarta-feira durante reunião da comissão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos “Megashows”.

Para ele, “a taxa que as empresas cobram não são de conveniência, trata-se de um pedágio, é um verdadeiro ‘caça-níquel’”. Segundo Góes, o Procon já aplicou cerca de R$ 5 milhões em multas a companhias de venda de ingressos, mas lembra que o Judiciário necessita de uma legislação mais clara sobre o tema para manter as penalizações.

O executivo explica que não há conveniência alguma na prática, pois mesmo pagando o adicional, o consumidor não recebe o ingresso em sua residência, tendo de se deslocar até um estabelecimento. "Conveniência seria o ingresso fosse entregue em casa, mas para isso tem de pagar outra taxa de entrega. Se uma pessoa, em uma única operação, compra três ingressos, é um absurdo ter de pagar a taxa de conveniência sobre cada ingresso", defendeu.

De acordo com o deputado Mauro Bragato (PSDB), um dos objetivos da CPI é buscar formas de regulamentar essa cobrança, que em alguns casos chega a 20% do valor do ingresso. Nas próximas reuniões a CPI deve ouvir empresas comoT4F Entretenimento (responsável pela Tickets For Fun), Livepass, Ticket Brasil, Ingresso Fácil, Ingresso.Com, Ingresso Rápido, Weblockers e Plan Promoções.

Fonte: Terra
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