Produção e vendas de setor químico recuam em outubro sobre um ano antes, diz Abiquim
O setor químico brasileiro teve em outubro queda de vendas e produção sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela associação que representa o setor, Abiquim.
As vendas de produtos químicos no Brasil caíram 4,4% e a produção teve recuo de 5,66%, informou a entidade. Enquanto isso, as importações dispararam 28% e o consumo aparente cresceu 9,8%.
A Abiquim afirmou que o setor encerrou outubro com uma utilização de capacidade de 66%, cinco pontos abaixo que no mesmo período de 2022.
Segundo a entidade, no acumulado de janeiro a outubro ante igual período do ano passado, "todos os índices acompanhados apresentam resultados negativos em volume, exceção às importações... que apresentaram crescimento de 3,9%".
No período acumulado, as vendas caíram 9,4% e a produção recuou 10,1% e a capacidade ocupada ficou em 65%, a mais baixa desde 2007.
"A situação fica ainda mais crítica quando se avalia o crescimento do volume de produtos importados e seus respectivos preços, originários de países da Ásia", afirmou a diretora de economia e estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, em comunicado.
"Além do setor químico estar vivendo um dos seus piores momentos, o país também está perdendo", afirmou a diretora, citando que a perda de arrecadação de impostos com a baixa atividade do setor químico é de 7 bilhões de reais entre janeiro e outubro ante o mesmo período de 2022.