Produção global de açúcar em 2021/22 deve ficar em 181 milhões de t, diz USDA
São Paulo, 19 - A produção global de açúcar no ano-safra 2021/22, que começou em outubro deste ano, deve ficar em 181,1 milhões de toneladas, estável ante ao ciclo anterior, segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em relatório semestral. A entidade projeta que a queda esperada para o Brasil deve ser compensada por aumentos em União Europeia, Índia, Rússia e Tailândia.
As exportações devem ficar em 63,1 milhões de toneladas, patamar semelhante ao da temporada anterior, com a queda no Brasil sendo compensada por aumento expressivo da Tailândia. Para o consumo global, a expectativa é de aumento, principalmente em razão de altas em China, Índia e Rússia, alcançando 174,55 milhões de toneladas.
O USDA espera que a produção do adoçante no Brasil fique em 36,0 milhões de toneladas, 6,1 milhões de toneladas a menos do que no ano anterior, "em parte como resultado de tempo seco e geadas". A queda na produção brasileira deve dar suporte aos preços globais, e manter o açúcar em patamares mais remuneradores do que os do etanol para usinas brasileiras, de acordo com o órgão do governo norte-americano. O País deve exportar 26 milhões de toneladas na temporada, queda de 6,15 milhões de toneladas ante 2020/21.
Já na Índia, a produção deve subir em 3%, para 34,7 milhões de toneladas, impulsionada principalmente por um aumento na área plantada. As exportações devem ficar em 7 milhões de toneladas e se aproximar do recorde histórico, mesmo sem subsídios do governo, em decorrência dos altos preços internacionais.
A expectativa é que a produção na Tailândia cresça em quase um terço, com aumento da área plantada, da produtividade e melhora no clima, e alcance 10 milhões de toneladas. As exportações devem mais do que dobrar, também alcançando 10 milhões de toneladas.
Para a temporada 2020/21, o USDA revisou levemente para baixo a estimativa de produção global, a 180,1 milhões de toneladas, e elevou em 2,9 milhões de toneladas o estoque final, para 48,8 milhões de toneladas. As exportações globais foram revisadas para baixo em 1,6 milhão de toneladas, a 62,7 milhões de toneladas.