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Produção industrial do RS tem a maior queda do Brasil em outubro, segundo IBGE

No país, a redução foi de 0,2% com diminuição de ritmo em quatro dos 15 estados

13 dez 2024 - 18h31
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A produção industrial brasileira registrou queda de 0,2% em outubro, com redução de atividade em quatro dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, do IBGE. As maiores retrações foram observadas no Rio Grande do Sul (-1,4%) e no Rio de Janeiro (-1,3%). Em relação a outubro de 2023, a indústria apresentou crescimento de 5,8%, com resultados positivos em 16 dos 18 locais pesquisados.

Foto: Divulgação / CNI / Porto Alegre 24 horas

No acumulado de 12 meses, houve um aumento de 3,0%, com 17 dos 18 locais analisados registrando altas. Já no acumulado do ano, o crescimento foi de 3,4%, com resultados positivos em todos os 18 locais investigados. A indústria nacional, como um todo, opera 2,6% acima do nível registrado antes da pandemia.

"O desempenho negativo da indústria em outubro, após dois meses de crescimento quando acumulou ganho de 1,2%, está ligado a alguns fatores macroeconômicos. De um lado temos o efeito positivo gerado pelo aquecimento do mercado de trabalho, com expressiva redução do desemprego, e aumento das contratações e do rendimento médio, no consumo das famílias. Além de aumentar a renda familiar, isso beneficia a cadeia produtiva. Por outro lado, a taxa de juros em patamares elevados, encarecendo o crédito, impacta negativamente o consumo das famílias e, no lado da oferta, o investimento na produção industrial. A inflação também vem afetando o poder de compra, provocando redução da demanda e afetando o ritmo de produção da indústria", explica Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.

Setores

Em outubro, a indústria do Rio Grande do Sul se destacou negativamente, com um recuo de 1,4%, eliminando parte do crescimento de 2,0% obtido no mês anterior. Esse desempenho foi impactado principalmente pelos setores de produtos do fumo, produtos químicos e celulose, papel e produtos de papel, que contribuíram significativamente para a retração.

A maior influência negativa no mês foi registrada pela indústria do Rio de Janeiro, que apresentou queda de 1,3%, ocupando o segundo lugar no ranking de maiores recuos. Esse foi o segundo mês consecutivo de retração na produção fluminense, acumulando uma redução de 3,0% no período. Os setores de maior impacto nesse desempenho foram os extrativos e o de máquinas e equipamentos.

Maior parque industrial do país, São Paulo avançou 2,0% de setembro para outubro, a maior influência positiva no resultado da indústria nacional. Trata-se da segunda taxa positiva seguida da indústria paulista, acumulando um ganho de 3,1%. "Os setores de veículos automotores; produtos químicos; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos foram os que mais influenciaram a dinâmica da indústria do estado. Esse resultado deixa a indústria paulista 3,8% acima do seu patamar pré-pandemia e 19,5% abaixo do seu nível mais alto, alcançado em março de 2011", afirma Bernardo.

Em contrapartida, Pará (7,0%), Mato Grosso (4,6%), Paraná (3,7%) e Ceará (3,5%) registraram as taxas mais altas. Bernardo Almeida lembra que "a indústria paraense é pouco diversificada, mais concentrada no setor extrativo, justamente o que impulsionou o crescimento da indústria do estado em outubro. Esse bom desempenho acontece depois de três meses de resultados negativos, período no qual houve perda de 7,5%".

Crescimento

O setor industrial brasileiro registrou alta de 5,8% em outubro de 2024, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, com 16 dos 18 locais pesquisados apresentando resultados positivos. É importante destacar que outubro de 2024 contou com 23 dias úteis, dois a mais que outubro de 2023, o que favoreceu o desempenho geral.

Os maiores avanços foram observados no Rio Grande do Norte (25,0%), Pará (12,5%), Santa Catarina (12,2%), Mato Grosso (12,0%) e Paraná (11,3%). Outros destaques com taxas acima da média nacional foram o Ceará (8,5%) e Mato Grosso do Sul (7,2%). São Paulo acompanhou a média nacional (5,8%), enquanto Minas Gerais (5,4%), Maranhão (5,0%), Amazonas (4,3%), Região Nordeste (4,0%), Rio Grande do Sul (2,7%), Espírito Santo (1,7%), Bahia (1,7%) e Goiás (1,5%) também registraram crescimento na produção industrial.

"Assim como ocorreu na passagem de setembro para outubro de 2024, verificamos um espalhamento de resultados positivos nos indicadores interanuais, evidenciando mais uma vez um ganho de ritmo da produção industrial, em termos regionais, quando comparada a 2023", observa Bernardo.

Por fim, Rio de Janeiro (-5,8%) e Pernambuco (-0,7%) foram responsáveis pelas quedas em outubro. No Rio de Janeiro, a explicação para esse desempenho veio, principalmente, da atividade de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo).

Crédito @uffizicom

Para outras dúvidas, entrar em contato com uffizicom@gmail.com

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