Produção industrial no Brasil cai 0,2% em novembro ante outubro

As estimativas variaram de queda de 0,6% a recuo de 1,5%

8 jan 2014 - 09h39

(atualizado às 10h05)

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A produção industrial brasileira caiu 0,2% em novembro passado frente a outubro e registrou expansão de 0,4% sobre um ano antes, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

De acordo com pesquisa da Reuters junto a 26 analistas, a expectativa era de que a produção industrial recuasse 1,05% em novembro ante outubro. As estimativas variaram de queda de 0,6% a recuo de 1,5%. Na comparação anual, a expectativa era de perda de 0,95%, sendo que as 24 projeções variaram de alta de 0,6% a recuo de 1,6%.

Em novembro, o destaque ficou para a categoria Bens de Capital, uma medida de investimento, que mostrou retração de 2,6% sobre outubro, também quebrando uma sequência de três altas seguidas. Mas sobre novembro de 2012, a categoria teve expansão de 9,6%.

Na ponta oposta, a categoria bens intermediários apresentou alta mensal de 1,2% em novembro, a maior desde agosto de 2012 (+2,1%), segundo o IBGE. Sobre um ano antes, essa atividade mostrou expansão de 1,3% em novembro. O IBGE ainda revisou nesta manhã o desempenho anual da produção industrial de outubro para expansão de 1%, ante 0,9%.

Apesar de o resultado da indústria em novembro ter sido melhor que o esperado, ele ainda é um sinal de fraqueza do setor, que vem mostrando nos últimos meses desempenhos erráticos e que dificultam a recuperação da economia como um todo.

A expectativa de economistas segundo a última pesquisa Focus do Banco Central (BC) é de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescido 2,28% em 2013, mas deve desacelerar para 1,95% neste ano.

Para dezembro, já há indícios um pouco mais animadores para a atividade industrial. A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) feita pelo Markit apontou retorno à expansão. No Focus, a projeção dos analistas é de expansão da produção industrial de 1,53% em 2013, recuperando-se para 2,2% neste ano.

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