Profissionais com ensino superior têm maiores salários, aponta BNE
Diferença salarial pode variar de 9% a 22% de acordo com os dados divulgados pela plataforma
Uma pesquisa realizada pelo Banco Nacional de Empregos (BNE) aponta que os profissionais com ensino superior têm salários maiores do que os profissionais que não têm. Segundo os dados, a diferença salarial entre quem tem o ensino médio e ensino superior para funções como vendedor é de 22,01%. Para assistente de marketing a variação chega a 16,76%, analista de RH 14,03%, assistente financeiro 11,83% e assistente administrativo 9,69%.
Segundo José Tortato, COO do BNE, a diferença na remuneração reflete a valorização do profissional no mercado de trabalho pela qualificação e conhecimentos adquiridos.
“Além da valorização salarial, os profissionais que têm ensino superior completo desfrutam de benefícios como melhores oportunidades de carreira e maior estabilidade”, diz.
Outra pesquisa que mostra a diferença entre os dois grupos foi divulgada recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o Cempre (Estatísticas do Cadastro Geral de Empresas), em 2022, o Brasil contava com 9,4 milhões de empresas e outras organizações formais ativas, 63 milhões de pessoas ocupadas, sendo 50,2 milhões (80,0%) como pessoal ocupado assalariado e 12,5 milhões (20%) na condição de sócios e proprietários.
Entre as pessoas ocupadas assalariadas, 76,6% não tinham nível superior e receberam, em média, R$ 2.441,16, enquanto os 23,4% com ensino superior receberam, em média, R$ 7.094,17, aproximadamente três vezes mais.
Cursos complementares
Outra forma de garantir melhores colocações no mercado de trabalho é a realização de cursos livres ou de especialização, por exemplo.
“Além do ensino superior, o profissional deve buscar se manter atualizado com as últimas tendências e tecnologias, desenvolver e aprimorar habilidades e conhecimento. Para isso, os cursos livres, de curta ou média duração são ótimas opções”, comenta Michele Estevam, coordenadora de projeto da UEMP.
Além da valorização do currículo, a realização pessoal também é importante. É o que conta Aretha Gomes, de 37 anos, que afirma que o maior benefício é o conhecimento.
“Todo profissional deve buscar atualizações e especializações para não se tornar um profissional obsoleto e desinformado.”
Formada em contabilidade, Aretha diz que por meio dos investimentos em sua formação, hoje ela consegue escolher onde quer trabalhar.
“Tem sido bem positivo investir tempo e recursos na minha formação, consegui quase dobrar de salário de um emprego para outro e sempre me oferecem novas oportunidades. Hoje, graças ao conhecimento e experiência, posso escolher onde vou trabalhar”.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.