Projeção de queda da economia é de 1,8%, em 3ª piora seguida
Produção industrial deve ter queda de 5%, de acordo com avaliação do mercado financeiro
Instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central (BC) projetaram negativamente pela terceira vez as estimativas para a economia este ano. Desta vez, a projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 1,76% para 1,80%. Para 2016, a projeção é leve crescimento de 0,2%, a mesma estimativa da semana passada.
Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter queda de 5%, este ano, e crescimento de 1,30%, em 2016.
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As projeções para a inflação também pioraram. A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela 16ª vez seguida, ao passar de 9,23% para 9,25%, este ano. Em 2016, a expectativa é que o índice fique em 5,40%, a mesma projeção da semana passada.
As projeções para a inflação estão acima do centro da meta, 4,5%. E, no caso de 2015, a estimativa supera também o teto da meta, 6,5%. O BC tem dito que entregará a inflação no centro da meta somente em 2016. Para alcançar esse objetivo, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação. Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 7,69% para 7,67%, este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 7,52% para 7,64%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 8,74% para 8,76%, este ano.
A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 3,25 para R$ 3,35, ao final de 2015, e de R$ 3,40 para R$ 3,49, no fim de 2016.