Projeção para a inflação volta a cair, em semana de reunião do Copom
Segundo o Boletim Focus, do BC, mercado prevê o índice oficial de inflação do país, o IPCA, a 4,84% no fim do ano
BRASÍLIA - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne esta semana, vai se deparar com expectativas inflacionárias mais baixas para 2023 e 2024, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 31. A projeção para o IPCA, o índice oficial de inflação do País, em 2023 voltou a recuar em relação à semana anterior, de 4,9% para 4,84% - apenas 0,09 ponto porcentual acima do teto da meta deste ano (4,75%). Um mês antes, a mediana era de 4,98%.
Para 2024, foco da política monetária, a projeção baixou marginalmente, de 3,9% para 3,89%. Há um mês, era 3,92%. A expectativa para 2025, que deve passar a ter peso minoritário nas decisões do Copom a partir desta semana, seguiu em 3,5%, ante 3,6% de quatro semanas antes. No Copom anterior, realizado em junho, as medianas eram de 5,12%, 4% e 3,8% para os três anos, respectivamente.
O comitê se reúne nos dois próximos dias, com a divulgação da decisão a partir de 18h30 da quarta-feira. No mercado financeiro, há consenso que o comitê iniciará os cortes da taxa Selic, hoje em 13,75%, mas os economistas estão divididos sobre o ritmo que será adotado.
Os economistas ouvidos no Boletim Focus mantiveram a expectativa para a taxa Selic no fim deste ano, de 12%, mas houve alívio nas medianas para o término de 2024: a projeção caiu de 9,5% para 9,25%. Além disso, a projeção para a Selic no fim de 2025 baixou de 9% para 8,75%.
Na ata do Copom de junho, o BC expôs que a maioria do colegiado já via condições para uma queda de juros em agosto, se o processo desinflacionário e de reancoragem de expectativas continuasse, com impacto nas expectativas - o que se concretizou. Além disso, houve nova rodada de valorização da moeda brasileira e queda no risco País.