Projeções para o PIB no ano devem ser revistas para cima, diz Haddad após divulgação do trimestre
Caso o crescimento do PIB seja mesmo acima do esperado, as receitas para o ano de 2025 também podem precisar de uma nova projeção
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta terça-feira, 3, pelo IBGE. O dado referente ao segundo trimestre deste ano aponta para um crescimento de 1,4% no principal indicador do tamanho da economia da brasileira.
A jornalistas, Haddad disse que o PIB para o ano de 2024 deve ser reestimado para cima. "Pela força com que ele vem se desenvolvendo, deve superar 2,7%, 2,8%. Há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%", afirmou.
O ministro complementou que, caso ocorra tal crescimento acima do esperado, as receitas para o ano de 2025 podem precisar de uma nova projeção. Isso porque o projeto orçamentário para o ano que vem já foi enviado ao Congresso Nacional na sexta-feira passada, 30.
"Nós vamos analisar com calma, a peça orçamentária está fechada com o que foi feito em julho, mas de julho para cá o PIB evoluiu mais do que nós imaginávamos. Na ocasião, nós fechamos o orçamento com um PIB estimado de 2,5% e qualquer coisa para além disso vai se refletir no aumento de receitas provenientes do crescimento orgânico da economia", disse Haddad.
Sobre o crescimento da Indústria, que foi, junto com Serviços, o setor que mais se destacou no aumento do PIB, o ministro afirmou que é preciso aumentar o investimento para que não se crie um efeito negativo na economia, de aumento da inflação.
"Se nós não aumentarmos a nossa capacidade instalada, vai chegar um momento em que nós vamos ter dificuldades de crescer sem inflação", afirmou.
"Se a demanda vier puxada pelo investimento, daqui para frente, é tudo que a gente quer. O crescimento com um investimento maior é a garantia de equilíbrio entre oferta e demanda", complementou Haddad.
O ministro frisou também que, para ter maior tranquilidade com relação ao cumprimento de metas fiscais em 2025, o governo precisa de uma definição sobre a reoneração dos setores da economia. O tema ainda está sendo debatido no Congresso Nacional.