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Puxada por alimentos e gasolina, prévia da inflação é maior desde abril de 1995

Índice atingiu 1,73% em abril; alta foi puxada pelos alimentos, que subiram 2,25%, e pelos combustíveis, que subiram 7,54%.

27 abr 2022 - 09h19
(atualizado às 10h49)
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Supermercado no Rio de Janeiro
Supermercado no Rio de Janeiro
Foto: Sergio Moraes / Reuters

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, atingiu 1,73% em abril. É o maior patamar para o mês desde 1995, quando ficou em 1,95%, e para qualquer mês desde fevereiro de 2003, quando alcançou 2,19%. No acumulado em 12 meses, o indicador alcançou 12,03%, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 27, pelo IBGE.

O crescimento foi puxado pelos alimentos, que subiram 2,25%, e pelos combustíveis, com alta de 7,54%.

O dado joga mais pressão sobre o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que se reúne na próxima semana para definir a nova taxa de juros do País. Atualmente, a taxa Selic está em 11,75%, e o mercado prevê uma alta de pelo menos um ponto porcentual, mas não se descarta uma alta até maior, dada a persistência da inflação.

A alta dos preços este ano tem uma forte relação com a guerra na Ucrânia, que fez disparar o preço dos combustíveis - produto que tem um efeito disseminado em toda a economia, principalmente por afetar o custo dos transportes - e também dos alimentos, com aumentos de produtos como o trigo e fertilizantes.

E, sem perspectivas de uma estabilização dos preços no curto prazo, as projeções para a inflação no ano vem subindo semana após semana. No boletim Focus, do BC, divulgado na terça-feira, 26, a previsão era de um IPCA de 7,65% no ano, muito acima da meta perseguida pelo BC, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

Será o segundo ano seguido em que o Banco Central descumprirá o objetivo. No ano passado, a meta era de 3,75%, também com margem de 1,5 ponto. Mas a inflação ficou muito acima disso: fechou em 10,06%.

Estadão
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