Qual será o impacto da geração Z no cenário econômico em 10 anos?
Novas fintechs que entendem e buscam soluções para este público devem desbloquear ainda mais o potencial financeiro dessa geração
As contas bancárias abertas por jovens entre 15 e 24 anos cresceram em 50% na última década, segundo o Relatório de Economia Bancária publicado pelo Banco Central do Brasil. O levantamento apontou que ao todo foram 23 milhões de contas abertas por essa faixa etária.
Mas qual seria então o motivo desse crescimento e o que podemos esperar para os próximos 10 anos? Para responder essas duas perguntas, separei alguns gráficos que me deixaram ainda mais animados em estar construindo a maior solução financeira para a geração Z na América Latina. Antes de tudo, vamos definir o que é geração Z.
A GenZ é amplamente reconhecida como a geração nascida aproximadamente entre os anos de 1995 e 2010, que atualmente, corresponde aos jovens entre 12 e 28 anos de idade. No Brasil são mais de 50 milhões de jovens da geração Z.
Na América Latina esse grupo representa aproximadamente 160 milhões de pessoas, ou 25% da população da região como um todo. A distribuição entre as faixas de idade por país está representada no gráfico 1. Observem a relevância cada vez maior do grupo destacado com a cor amarela, o jovens entre 15 - 24 anos, são uma boa aproximação do recorte geracional que estamos estudando neste texto.
Até 2030, 100% desta geração estará no mercado de trabalho e constituirá a principal base de clientes e trabalhadores das empresas da região até 2050, representando mais de 1/3 do PIB da América Latina. Vejam o gráfico 2 de como será rápida e representativa a penetração dessa geração na população economicamente ativa.
Outra característica da geração Z da América Latina é sua consciência financeira, enfatizada pela necessidade de ter desde cedo uma poupança para o futuro e pelo pouco apetite ao consumo desenfreado, característica marcante da geração anterior, também conhecida como geração Y ou Millennials (que se refere aos nascidos após o início da década de 1980 até, aproximadamente, o fim do século).
A porcentagem de jovens investidores entre a Geração Z nos países mais populosos da região (Brasil, México, Colômbia e Argentina) é maior do que entre os Millennials. Observem também no gráfico 3, a comparação entre a adoção de criptomoedas entre os dois grupos. A geração Z representa 46,2% dos brasileiros que investem em criptomoedas, conforme os dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Em uma pesquisa realizada pela VICE, uma mídia digital popular entre os jovens, 35% dos entrevistados da Geração Z disseram que começaram a economizar para a aposentadoria aos 20 anos, em comparação com 12% dos entrevistados nascidos entre 1982 e 1994.
A estagnação de longo prazo do crescimento do PIB na América Latina, conforme podemos observar no gráfico 4 e a experiência de se desenvolver em um ambiente de incertezas e desafios socioeconômicos, está nutrindo um geração inteira a ser cada dia mais independente e inteligente com o seu dinheiro.
Com os avanços tecnológicos e regulatórios, é de se afirmar que novas fintechs que entendem e buscam soluções específicas para este público, como a NG.CASH, serão um dos principais mecanismos para desbloquear ainda mais o potencial financeiro dessa geração em toda a região da América Latina.