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'Qualquer medida que ajude a população é bem-vinda', diz Bolsonaro sobre juros no cheque especial

Governo limitou juros em 8% ao mês na quarta, 27; presidente disse que quem começou com 'isso tudo' foi a Caixa Econômica Federal

28 nov 2019 - 19h29
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 28, que é "bem-vinda" a decisão de limitar a 8% ao mês os juros cobrados pelos bancos no cheque especial. "Qualquer medida que ajude a população é bem-vinda", disse o presidente ao chegar ao Palácio da Alvorada, residência oficial.

Segundo Bolsonaro, a crítica sobre o custo da linha emergencial é antiga . "Cheque especial é uma crítica há muito tempo. As taxas são abusivas. Quem começou com isso tudo foi a Caixa Econômica Federal. Tanto é que vou abrir uma conta na Caixa", disse o presidente, fazendo uma deferência ao banco estatal.

Antes do anúncio de ontem da decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), que travou a taxa do cheque especial, mas permitiu que os bancos cobrem uma tarifa de quem utiliza o produto, a Caixa anunciou no dia 12 deste mês reduzir as taxas mínimas do cheque especial de 8,99% ao mês para 4,99% ao mês.

Bolsonaro voltou a atribuir ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a responsabilidade pelas decisões da área. "Eu falei que não entendo nada de economia. Está dando certo é por que não me meto."

"Manchete amanhã: presidente não foi consultado sobre tal decisão. Presidente não sabe de nada", ironizou Bolsonaro.

Além de Guedes, compõem o CMN o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, este último subordinado a Guedes. O limite ds juros do cheque especial entra em vigor em 6 de janeiro de 2020.

Em outubro, segundo o BC, o juro médio do cheque especial ficou em 305,9% ao ano (o equivalente a 12,4% ao mês). Com a mudança, essas taxas devem cair praticamente pela metade, a 150% ao ano (o que corresponde a 8% ao mês).

Estadão
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