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Quanto ganha um microinfluenciador? Veja exemplos e dicas

É possível transformar o engajamento nas redes em dinheiro, mas não é tão fácil: veja exemplos e dicas de especialista

24 dez 2022 - 06h00
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Catherine Barros
Catherine Barros
Foto: Divulgação

Influenciadores não são apenas as personalidades da internet com milhões de seguidores: agências de marketing e empresas também estão de olho em pessoas com alguns milhares de seguidores, até menos de 10 mil.

“Os microinfluenciadores são influenciadores com número menor de seguidores que, diferente dos influenciadores macro, ainda conseguem manter um relacionamento de proximidade com seu público, tem um poder de influência maior justamente por ainda serem vistos com maior identificação e conexão”, explica Catherine Barros, diretora de marketing e comunicação da agência CMLO&CO. 

Para agências e marcas, investir nesse meio é vantajoso pois, apesar de ter um alcance muito menor, também tem um valor de investimento muito menor sendo que, proporcionalmente, o engajamento pode ser maior. 

Quando pode ganhar um microinfluenciador

De acordo com a executiva, a remuneração média para um microinfluenciador depende de uma série de variáveis, como número de  seguidores o canal, engajamento e qual a plataforma, além de formato e tipo de conteúdo, entre outros.

“Tudo isso implica no valor que o microinfluenciador pode cobrar. O nicho de mercado ou público também acaba influenciando no valor a ser cobrado, podendo ser em média, de R$ 3 mil a R$ 15 mil por post, aproximadamente”, diz ela. 

O influenciador e modelo André Anjos, por exemplo, tem 12 mil seguidores e já consegue remuneração entre R$ 7 mil e R$ 10 mil: “Minha fonte de renda atualmente são os trabalhos como modelo que faço, o Instagram está me rendendo bastante agora nesse final de ano com bastante marcas e publis. Com o instagram chego a ganhar em média R$ 7 mil a R$ 10 mil, isso varia muito de mês a mês”, contou. 

Mas para os microinfluenciadores que estão começando não é tão fácil chegar nesse patamar. A jornalista Claudia Lima, que tem mais de 5 mil seguidores, já fez alguns trabalhos como influenciadora, mas conta que ainda encontra resistência no mercado.

“Tenho lido nos últimos tempos coisas como ‘o futuro é a influência’ e tudo mais, mas acho que as empresas ainda estão muito ligadas em números de seguidores e elegem sempre as mesmas pessoas, em todos os nichos. No meu caso, que são as mulheres de 50+, quantas delas são negras?”, questiona. 

Claudia segue investindo na carreira de influência, mas ainda não pode deixar os dois empregos que garantem sua renda principal. É o mesmo caso de outros influenciadores que, apesar de já terem entrado na mira de agências de influenciadores, como Claudia, mantém uma rotina dupla ou tripla contando com a produção de conteúdo na internet. 

Também é o caso de Wesley Grutzman, bacharel em educação física, que teve que se adaptar após seu negócio ser impactado pela pandemia: “Trabalhava como influenciador do próprio negócio em 2018 para 2019, tinha uma escola de dança, mas devido a pandemia fechei a escola, dei muita aula online. Meus seguidores foram crescendo e se mantendo”. 

Em fevereiro deste ano Wesley recebeu a primeira proposta de trabalho como influenciador por uma agência: “Desde então, minha dedicação tem sido o trabalho com a internet , fui criando mais conteúdos com diversos assuntos voltados ao Lifestyle”. 

Apesar de adaptar seu conteúdo e hoje ter mais de 10 mil seguidores, Wesley ainda tem nas aulas a sua principal fonte de renda, sendo que a maior parte dos trabalhos que faz como produtor de conteúdo é por permuta. 

“Existem influenciadores que aceitam pagamento em forma de permuta, ou seja, em troca de produtos ou um serviço. O importante sempre é que a marca e influenciador estejam de acordo, de maneira que os dois saiam beneficiados”, comentou o CEO da adtech Inflr, Thiago Cavalcante.

É comum que os iniciantes recebam mais ofertas de permuta, como relata Laiz Cristina (Laiz com Z), maquiadora e assistente administrativo. Laiz conta que começou a se dedicar como criadora de conteúdo de maquiagem no instagram em 2020. Hoje, com mais de 3,5 mil seguidores, ela conta que costuma conseguir mais trabalhos com permuta.  

Como começar a conseguir renda com as redes sociais? 

Para quem quer começar nesse meio, Catherine Barros dá as orientações: “O primeiro passo é ter uma audiência que o acompanha, uma comunidade que participa do canal/rede e que consome diariamente aquele conteúdo que está sendo distribuído de forma gratuita. Encontrar o melhor jeito de se diferenciar e se conectar, criando um senso de tribo, um senso de pertencimento e identificação”.

A partir disso, o microinfluenciador deve coletar seus dados de engajamento para que as marcas o vejam como um canal de comunicação com um público qualificado e interessante para elas.

“Tudo isso precisa estar em um material que chamamos de ‘media kit’ e que contém os valores de investimento por pacote de produtos e serviços oferecidos para que as marcas possam entender melhor o investimento e o retorno da contratação. Hoje, a relação entre as marcas e influenciadores pode ser feita diretamente entre eles ou por meio de uma agência que intermedia esse contato, identificando o público de interesse em comum”, finalizou. 

Redação Dinheiro em Dia
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