Quase 20% dos empregados são contratados por intermediários
Os empregados contratados por intermediários no Brasil somam 9,8 milhões de pessoas, o que representa 18,9% do total de 51,7 milhões de empregados no País. Na atividade agrícola são 187 mil pessoas, o que corresponde a 5,1% do total. Já na área não agrícola, são 9,6 milhões, ou 20% dos empregados. A contratação intermediária é utilizada para trabalho temporário.
Os dados estão no suplemento Aspectos das Relações de Trabalho e Sindicalização, que utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, divulgado hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento foi feito em parceria com o Ministério do Trabalho e Previdência Social e com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e considera empregados no setor privado e trabalhadores domésticos.
As regiões Norte, com 22,7%, e Nordeste, com 22,4%, apresentam os maiores índices de contrato via intermediário. A Região Sul tem o menor índice, de 16,6%. A contratação indireta é maior entre os trabalhadores que recebem de meio a um salário mínimo, grupo em que 20% têm esse tipo de relação de trabalho. A atividade com maior percentual de terceirização é a construção, com 28,3%, seguida pelos serviços, com 20,6%. Enquanto entre as pessoas brancas a contratação indireta é de 18,1%, entre pretas e pardas chega a 19,6%.
Nas atividades não agrícolas, 30,4% das pessoas contratadas com intermediários são via empresa locadora de mão de obra e 64,7% por pessoa intermediária. No setor agrícola, as empresas foram citadas por 41,1% das pessoas, gato ou empreiteiro por 46,3% e cooperativas, por 6,9%.
Satisfação
A grande maioria se diz satisfeito com as condições de trabalho, indicador que chega a 70,7% do total de empregados. Do total, 6,2% se disse muito satisfeito e 5,5% insatisfeito, o que corresponde a 2,84 milhões de pessoas. Nesse quesito da pesquisa, o perfil do empregado satisfeito com o trabalho é o de homem, branco, com 50 anos ou mais, curso superior completo que recebe cinco ou mais salários mínimos.
Considerando a faixa de rendimento, o índice de satisfação vai de 60,5% entre quem ganha até um quarto de um salário mínimo a 90% para quem ganha mais de cinco. Do total, 6,2% disseram trabalhar mais horas do que o acertado previamente e 4,3% disseram receber menos do que o combinado.
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