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Quase metade dos empregados quer mudar de trabalho em 2023

E mais: 49% das empresas indicam planejar novas contratações no primeiro trimestre do ano, diz estudo

30 jan 2023 - 03h00
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Foto: Adobe Stock

O início de cada ano incentiva reflexões e motiva as pessoas a repensarem suas prioridades para o novo ciclo que está por vir. Mais dispostos a arriscar, os profissionais qualificados se mostram abertos a novas possibilidades: 49% dos empregados inclusive pretendem buscar outro trabalho em 2023. A confiança dos profissionais reflete as condições do mercado. 

De acordo com a última edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), a taxa de desemprego dos qualificados, pessoas a partir dos 25 anos com formação superior, foi de 4,0% no terceiro trimestre de 2022. O índice de desemprego geral, que inclui essa categoria de profissional, foi no mesmo período 8,7%. Ambas as taxas são as mais baixas desde 2015, reforçando uma recuperação do mercado de trabalho.  

É evidente que o mundo presencia um importante movimento dos profissionais em busca de oportunidades mais alinhadas ao seu perfil e momento de vida. Quando questionados sobre os objetivos da mudança, 61% apontaram a intenção de trocar de empresa, mas permanecer na mesma área, enquanto 39% afirmaram ter interesse em uma nova área de atuação, segmento ou profissão.

“As taxas de desemprego cada vez mais baixas nos aproximam do que podemos chamar de um ‘mercado de candidatos’, no qual são eles os protagonistas das relações de trabalho. As prioridades mudaram nos últimos anos e podemos enxergar o reflexo disso nesse desejo por movimentação profissional. As pessoas são o principal ativo de uma organização e, tendo em vista os indicadores positivos, recomendo aos gestores que não somente valorizem seus melhores talentos na iminência de perdê-los”, defende Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.  

Aspectos que atraem os profissionais

Conforme a 22ª edição do ICRH, os cinco principais aspectos que mais atraem os profissionais na empresa atual são: remuneração, pacote de benefícios, possibilidade de crescimento, possibilidade de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e bom relacionamento com colegas e pares.  

Mantovani pontua que, para se manter atrativas e competitivas nesse cenário, o desafio é diário, e as companhias devem investir em políticas claras de trabalho, transparência das lideranças, além de bons pacotes de benefícios e remuneração, condizentes com as médias praticadas pelo mercado, que podem ser consultadas no Guia Salarial 2023 da Robert Half

Ao analisar outro recorte, é possível avaliar que o sentimento de otimismo também atinge os profissionais desempregados. Segundo o levantamento, 33% deles estão confiantes em conquistar a recolocação nos próximos 6 meses. Em linha, a resposta é positiva, já que 49% das empresas planejam realizar novas contratações no primeiro trimestre do ano. Dentre os motivos, 68% pretendem abrir novos postos de trabalho, 55% querem preencher vagas em aberto e 35% precisarão contratar para substituir profissionais.

“Logo, o momento é promissor aos candidatos atentos às novas exigências das companhias, que neste contexto de disputa por bons talentos precisam adotar um olhar estratégico e se planejar desde já para garantir um time de alto nível em 2023”, conclui o diretor-geral da Robert Half. 

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