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Quatro dicas (novas) do que fazer com o 13º salário

O dinheiro extra representa uma série de possibilidades: é preciso saber usar

10 dez 2022 - 06h10
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Foto: Adobe Stock

No próximo dia 20 de dezembro, vence o prazo máximo para pagamento do 13º salário. Isso vai injetar R$ 250 bilhões na economia brasileira, conforme cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor é 7,4% superior ao estimado no ano passado, de R$ 232,6 bilhões.

Mas junto com o 13º vem o dilema: gastar, guardar ou pagar dívidas? A orientação de educadores financeiros é antes de tudo conhecer a própria realidade e identificar qual é a maneira mais proveitosa para utilizar o dinheiro.

Uso imediato: evite o superendividamento

Segundo a Serasa Experian, 68,39 milhões de consumidores brasileiros estão com dívidas. É um número preocupante, pois o passar do tempo significa aumento dos juros e das restrições de crédito aos endividados, o que compromete ainda mais a renda.

Se o valor das dívidas corresponde a 30% ou mais da renda e compromete o acesso do consumidor aos direitos básicos, como moradia e alimentação, a situação é considerada de superendividamento. 

Quando isso ocorre, a orientação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) é recorrer aos órgãos de defesa, como os Procons, para buscar a renegociação da dívida com os credores e orientações sobre educação financeira. 

Nesses casos, o 13º salário pode ser utilizado para quitar dívidas e evitar o superendividamento. 

No longo prazo: faça o dinheiro render

Projetos de longo prazo, como a compra de um bem ou a realização de uma viagem, também são formas inteligente de usar o 13º. Para isso, a Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros) recomenda investir o dinheiro para fazê-lo render.

Produtos de renda fixa, como o Tesouro Direto e o Certificado de Depósito Bancário (CDB), são os mais indicados para os investidores iniciantes. Para ingressar na renda variável, a Abefin afirma que os fundos de investimento imobiliário (FIIs) e os fundos de índice (ETFs) são as melhores alternativas.

Na primeira categoria estão os fundos de tijolo, que investem em empreendimentos prontos, como ABCP11, VSHO11 e VTPA11; os fundos de papel, que direcionam recursos para títulos imobiliários, como VGHF11, VTRT11 e XPCI11; e os fundos de fundos, que direcionam os recursos para outro FII, como é o caso do RVBI11, SNFF11 e TELF11. Já entre os ETFs estão o ALUG11, BOVA11 e CMDB11. 

Fim de ano exige planejamento das compras

Se você não se enquadra do quadro crítico acima e está com as contas em dia, certamente tem maior liberdade para escolher como usar o 13º salário. As comemorações de final de ano representam mais gastos com presentes, confraternizações e viagens.

A Abefin alerta, no entanto, que o ideal é realizar um planejamento prévio, para não correr o risco de desequilibrar as finanças. Pesquisar preços e aproveitar promoções são estratégias que podem fazer a diferença.

Reserva para o início do Ano Novo

Janeiro é um verdadeiro purgatório para as finanças do brasileiro: IPTU, IPVA, material escolar, matrículas e outros gastos de início de ano. É, portanto, um período ideal para destinar parte do 13º, recomenda a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).

Redação Dinheiro em Dia
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