Quer morar nos EUA? Saiba como se planejar financeiramente
Advogado Vinicius Bicalho dá dicas para realizar esse processo de forma segura
Ano após ano, aumenta a intenção de brasileiros em residir fora do país, principalmente nos Estados Unidos. Para se ter uma ideia, segundo o Ministério das Relações Interiores, 42% dos brasileiros que deixaram o Brasil, optaram pelo país norte-americano.
Mas para concluir esse processo de emigrar com sucesso, existem diversos passos a serem percorridos ainda em terras brasileiras, de forma preparativa.
“Existe a pesquisa sobre a possibilidade de obter um visto, o levantamento de toda a documentação e, principalmente, o planejamento financeiro”, explica Vinicius Bicalho, CEO e fundador da Bicalho Consultoria Legal, escritório referência no cenário da imigração.
Os custos podem ser bem altos: veja quanto
Segundo o advogado, muitas pessoas que visitam o país a lazer, se impressionam com os custos baixos de consumo. Mas esquecem de analisar gastos básicos que costumam ser altos no país, como aluguel, serviço de saúde e educação, por exemplo.
“O custo mensal estimado de uma pessoa solteira nos Estados Unidos é de aproximadamente US$ 1.020 (mais de R$ 5 mil), sem considerar o aluguel, que no país é, em média, 468% maior do que no Brasil. Um apartamento de apenas um quarto em regiões centrais pode ser locado por cerca de US$ 1.700 (aproximadamente R$ 9 mil)”, aponta o especialista.
E os valores podem mudar consideravelmente de cidade para cidade, uma vez que cada cidade norte-americana tem uma aplicação de imposto própria ― o que impacta diretamente nos valores pagos de serviços e produtos em cada uma delas.
Serviços que podem sair caro nos EUA
Serviços simples, que costumam ser bem acessíveis no Brasil, também são mais caros nos EUA, como, por exemplo, cabeleireiro, reparos, manutenções etc.
Dessa forma, o advogado, que já auxiliou diversas famílias a realizar o sonho de morar no exterior, indica a reserva financeira como passo primordial para emigrar de forma mais tranquila e segura.
“Sempre recomendamos aos nossos clientes garantir uma boa quantia de dinheiro antes de sair oficialmente do Brasil. De forma a não ser surpreendido com os gastos e conseguir se manter até que se estabilize no novo país”, diz ele.
Segundo Bicalho, o cálculo deve incluir os gastos básicos e fixos, considerando moradia, educação, alimentação e saúde, multiplicados por, pelo menos, seis meses.
“Costumamos indicar um valor superior a R$ 100 mil, que no país, equivalem a menos de US$ 20 mil para cada cliente. Sendo que o montante deve aumentar proporcionalmente de acordo com a quantidade de pessoas da família”, finaliza ele.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da COMPASSO, agência de conteúdo e conexão.