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Rafael Cortez diz que empreendedorismo salvou carreira: ’Para continuar existindo’

Em entrevista ao Terra, o humorista abordou como a comédia pode transformar o ambiente corporativo e revelou sua trajetória de adaptação

13 nov 2024 - 15h57
(atualizado em 14/11/2024 às 07h47)
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Aos 30 anos de carreira, Rafael Cortez fala sobre recolocação profissional no meio empresarial
Aos 30 anos de carreira, Rafael Cortez fala sobre recolocação profissional no meio empresarial
Foto: Divulgação

O humorista Rafael Cortez trouxe risadas e reflexões ao RD Summit, realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, na última sexta-feira, 8. Em uma entrevista exclusiva ao Terra, Cortez compartilhou suas experiências sobre como o humor e o entretenimento se conectam com o mundo corporativo em um evento voltado para empreendedorismo, marketing e vendas.

Cortez falou sobre a crescente presença do humor no ambiente corporativo e seu papel como elemento de mudança. "Eu costumo dizer que o corporativo é a ponta final do ego. O que eu quero dizer com isso é que algumas coisas que já foram tendência em algum outro momento da sociedade, às vezes, demoram um tempo pra chegar no corporativo", explicou. 

Segundo ele, o humor tem um papel disruptivo, essencial para a assimilação de conteúdo e o engajamento nas corporações. "O elemento da comédia é completamente benéfico para você assimilar conteúdo. Quando você fala para contar uma piada, a pessoa desperta [...] Você passa um conteúdo essencial pra corporação através de um tipo de piada, a pessoa nunca mais vai esquecer. É diferente de uma planilha de um gráfico do Excel, entendeu?", destacou.

O humorista também comentou sobre as mudanças culturais nas empresas e como isso impactou sua carreira. "O corporativo era aquele lugar que até um tempo atrás o chefe era um ’cuzã*’. Era um cara duro, era um cara de assédio moral. E de uns tempos pra cá, as políticas do coração, de empatia, de respeito, de tratar direito as pessoas finalmente chegaram no corporativo. [...] Junto com tudo isso veio o humor."

Conhecido por sua trajetória na televisão e nos palcos, Cortez abordou a necessidade de adaptação no cenário do entretenimento atual e sua própria abordagem empreendedora. "Eu me preocupo no sentido de subsistência mesmo. Eu não sou um visionário. [...] Eu sou um cara de pau. [...] O meu lugar é em cima de um palco. Quem vir num show meu, está absorvendo uma experiência que só funciona dentro daquele contexto do palco", disse ele, enfatizando a singularidade do stand-up como uma arte que depende do momento ao vivo.

Enfrentando as dificuldades de se reinventar, Cortez destacou a criação de suas palestras sobre atitude como um exemplo de empreendedorismo voltado à sobrevivência no setor. "O telefone não chamava mais. Ninguém me ligava [...] Então eu pensei: o que eu posso fazer para continuar existindo?", relatou. 

Em julho, o humorista publicou o livro Atitude Tranformadora: Como Assumir o Protagonismo da Própria Vida, que também é base para sua palestra, ministrada entre os shows de comédia.

Fonte: Redação Terra
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