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Recuo de inadimplência deve desacelerar, mas risco de crédito do Bradesco está controlado, diz presidente

31 out 2024 - 11h03
(atualizado às 16h15)
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O presidente-executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou nesta quinta-feira que o banco está com o risco de crédito bastante controlado e que espera que a inadimplência continue recuando, embora em ritmo menor.

Logo do Bradesco em smartphone
01/12/2021
REUTERS/Dado Ruvic
Logo do Bradesco em smartphone 01/12/2021 REUTERS/Dado Ruvic
Foto: Reuters

"A carteira de crédito cresce com equilíbrio em todos os segmentos... e com índice na inadimplência que melhora em todos os segmentos de clientes", afirmou em teleconferência com jornalistas após o banco divulgar balanço trimestral mais cedo.

No terceiro trimestre, a carteira de crédito do banco somou 943,9 bilhões de reais, alta de 7,6% em 12 meses e de 3,5% no trimestre, com a inadimplência acima de 90 dias recuando para 4,2%, de 5,6% um ano antes e 4,3% no segundo trimestre.

"Vejo uma linha de tendência de queda ainda (na inadimplência), não só pelo crescimento da carteira, mas pela qualidade do que o banco está trazendo", afirmou Noronha, referindo-se às novas safras de crédito.

"Nós arrumamos a inadimplência, ela vai cair, em um ritmo menor, mas vai cair, essa é a expectativa", reforçou.

Na visão de Noronha, há alguns agentes econômicos com olhar mais pessimista em relação ao cenário macroconômico, mas ele avalia que o mercado bancário está mais otimista, vide os dados de crédito do Banco Central conhecidos na véspera.

O executivo também afirmou ter uma perspectiva "muito boa" para o crédito da pessoa física no próximo ano. "Não sei se nesse mesmo patamar, talvez um pouco menos, mais ainda com crescimento robusto", afirmou o executivo.

No terceiro trimestre, a carteira de crédito da pessoa física no banco cresceu 10% ano a ano, para 396,8 bilhões de reais, com o índice de inadimplência acima de 90 dias ficando em 5,1%, de 5,2% no trimestre anterior e 6,6% um ano antes.

Às 10h55, as ações do Bradesco estavam entre as maiores quedas do Ibovespa, mostrando recuo de 3,7%, enquanto o índice recuava 0,16%. Os papéis do Itaú Unibanco, que divulga seu balanço na semana que vem, mostravam oscilação positiva de 0,34%.

MARGEM, RETORNOS

O presidente-executivo do Bradesco reforçou que as concessões de crédito sempre consideram o retorno ajustado ao risco, com foco na margem líquida, que vem "crescendo com consistência" desde o final do ano passado.

No período de julho a setembro, a margem líquida saltou 33% ano a ano e subiu 7% na base trimestral, para quase 8,9 bilhões de reais, em ambos os casos beneficiada pela queda nas provisões para devedores duvidosos, de 22,4% no ano e 2,2% no trimestre.

Noronha disse que o banco espera entregar retornos melhores trimestre a trimestre, após divulgar que retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) alcançou 12,4% de julho a setembro de 2024, ante 11,4% no trimestre anterior e 11,3% um ano antes.

"Nós queremos entregar (mais retorno), e eu acho que a estratégia (do banco) está com consistência e perenidade", acrescentou.

O Bradesco também continuará investindo em seus canais digitais, afirmou o executivo, bem como no processo de revisão de sua base de pontos de atendimento, que somou 6.347 unidades no final de setembro, de 7.388 locais um ano antes.

O banco "vem fazendo o ajuste do 'footprint' em um ritmo até mais acelerado do que aquele que havia previsto para o ano", afirmou. "Vamos continuar com essa revisão" no próximo ano, acrescentou.

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