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Redes de fast food dos EUA sofrem para contratar pessoal conforme economia se recupera

6 abr 2021 - 13h18
(atualizado às 15h48)
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A rede de fast food Taco Bell anunciou nesta terça-feira que quer contratar pelo menos 5 mil funcionários em um único dia e que está adicionando benefícios para alguns gestores em um momento em que a demanda tem forte alta em meio a uma recuperação mais ampla da economia norte-americana.

Unidade do Taco Bell em Nova York, EUA 
23/06/2020
REUTERS/Caitlin Ochs
Unidade do Taco Bell em Nova York, EUA 23/06/2020 REUTERS/Caitlin Ochs
Foto: Reuters

A Taco Bell, parte do grupo Yum Brands, vai fazer entrevistas de candidatos em 21 de abril em estacionamentos de quase 2 mil lojas da rede, onde os interessados não vão nem precisar sair de seus carros para disputarem uma vaga.

A empresa também está concedendo quatro semanas de férias anuais, oito semanas de licença maternidade remunerada e quatro semanas disponíveis para posições de gerência ocupadas por novos pais que querem desenvolver "vínculo com o bebê" em locais da empresa.

A Taco Bell já promoveu esses eventos de contratação de funcionários, mas nunca em tantos lugares ao mesmo tempo. "Não é segredo que o mercado de trabalho está apertado", disse Kelly McCulloch, chefe de recursos humanos da rede de fast food.

Andrew Wiederhorn, presidente-executivo do grupo FAT Brands, descreve a situação dos funcionários das franquias como um "pesadelo total". O grupo inclui marcas como Johnny Rockets e Fatburger.

"O mais recente auxílio governamental e o seguro-desemprego têm sido catalisadores para que as pessoas fiquem em casa" em vez de procurarem trabalho, disse ele.

Embora as empresas de fast food e outras redes de alimentação tenham se saído bem durante toda a pandemia, as vendas atuais aumentaram por conta do clima melhor, liberação de um maior número de pessoas nas lojas e o próprio auxílio governamental que fez as pessoas aumentarem a frequência de consumo de comida fora de casa.

O indicador de atividade da indústria de serviços dos EUA atingiu recorde na segunda-feira, em meio ao crescimento robusto no volume de novos pedidos, uma clara indicação de que a economia está acelerando, impulsionada pelo aumento das vacinações.

Mas as contratações de pessoal não estão avançando no mesmo ritmo. O setor de restaurantes dos EUA, em março deste ano, ainda tinha cerca de 1,2 milhão de funcionários a menos que no mesmo mês do ano passado, de acordo com dados da agência governamental de estatísticas.

E essa lacuna não se limita aos restaurantes, já que altas taxas de desemprego não se traduziram em um grande número de inscrições para vagas em aberto na indústria, por exemplo. Na sexta-feira, o Departamento de Trabalho dos EUA disse que 916.000 empregos foram criados no mês passado, a maior quantidade desde agosto passado, incluindo 53.000 destes na indústria. Esse foi o maior número de novos empregos no setor em seis meses.

VENDENDO CARROS OU DRINKS

Um franqueado do McDonald's nos EUA disse que as vendas dispararam à medida que os consumidores gastam seus auxílios do governo. No entanto, algumas lojas da rede no pais podem não reabrir até o segundo semestre de 2021 por conta da escassez de mão de obra, disse ele. As franquias do McDonald's pretendem contratar 5.000 funcionários apenas no Estado de Ohio, de acordo com relatos da mídia local no final de março.

As lojas de fast food estão competindo não apenas entre si por trabalhadores, mas também com outros setores, já que alguns ex-funcionários desse ramo que foram demitidos encontraram ocupações em outras áreas - construção ou imóveis, por exemplo - e não estão voltando aos antigos postos de trabalho, afirma Wiederhorn, presidente da FAT Brands.

"Um garçom ou garçonete pode vender um carro tão bem quanto um drink", disse Wiederhorn.

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