Redução de entrega de gás pela Bolívia não impacta clientes, diz Petrobras
Os contratos de venda de gás natural celebrados pela Petrobras junto a clientes não devem ser afetados pela redução dos volumes de gás enviados pela boliviana YPFB, disse a estatal brasileira, em nota divulgada na noite de terça-feira.
A Petrobras observou que os contratos de gás têm preço previamente estabelecido, com atualização baseada em fórmulas paramétricas atreladas a indicadores de mercado e acordadas entre as partes, "as quais não são afetadas por situações pontuais de falhas com fornecedores".
"A Petrobras reafirma o seu compromisso com os seus clientes e com o cumprimento das condições estabelecidas contratualmente, assim como o seu comprometimento com o desenvolvimento de um mercado de gás aberto, competitivo e sustentável no país", disse.
A petroleira afirmou ter sido informada em abril pela YPFB sobre uma redução unilateral do envio em 4 milhões de metros cúbicos por dia, no mesmo mês em que a empresa boliviana divulgou um compromisso de venda de volumes adicionais para a Argentina durante o inverno, de cerca de 4 milhões de metros cúbicos por dia, a um preço mais elevado.
Desde o 1º de maio, a Petrobras recebeu, em média, cerca de 14 milhões de metros cúbicos por dia da YPFB, 30% a menos que os 20 milhões previstos no contrato vigente.
Em comunicado anterior, a estatal havia dito que essa redução implicaria a necessidade de importação de volumes adicionais de gás natural liquefeito para atendimento de seus compromissos de fornecimento.
A Petrobras disse que, ainda em abril, deu ciência às instâncias governamentais cabíveis sobre a redução pela YPFB, bem como informou as medidas adotadas para assegurar o fornecimento aos clientes.