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Alcolumbre admite que votação final da reforma pode atrasar

Principal obstáculo é a resistência em dar aval à chamada quebra de interstício, que permitiria a votação na semana que vem

2 out 2019 - 18h50
(atualizado às 18h55)
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), admitiu que a votação em segundo turno da reforma da Previdência, prevista para 10 de outubro, pode atrasar. O principal obstáculo é a resistência de senadores em dar aval à chamada quebra de interstício, que permitiria a votação já na semana que vem, antes do intervalo exigido pelo regimento.

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
05/04/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre. 05/04/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Insatisfeitos com os rumos da divisão dos recursos do megaleilão de petróleo da cessão onerosa e com o desembolso do governo às emendas parlamentares, os senadores já ameaçavam articular manobras para atrasar a votação em segundo turno.

Cumprir o calendário do dia 10 seria possível sem a quebra de interstício caso a votação em primeiro turno tivesse se encerrado ontem. No entanto, após uma derrota do governo, que drenou R$ 76,4 bilhões do impacto da proposta, as lideranças favoráveis à reforma acharam melhor suspender a sessão e continuar a apreciação dos destaques no dia de hoje.

É por isso que, para honrar o prazo do dia 10, será necessário agora aval do plenário para ignorar o intervalo regimental entre as votações. Alcolumbre afirmou que esse acordo demanda apoio de todas as lideranças e bancadas - mas ele reconheceu que há opositores a esse acerto.

"Se alguns senadores compreenderem que não é razoável quebrar o interstício, mesmo minha posição pessoal e de vários outros líderes sendo favoráveis à quebra do interstício para a gente resolver a votação em segundo turno dessa matéria na semana que vem, a gente vai tendo que acabar, adiada a semana que vem, (levando a votação) para próxima semana", afirmou. Nessa hipótese, a votação seria feita na semana que vai de 14 a 18 de outubro.

"Acaba saindo um pouco do calendário da primeira quinzena de outubro, passando para a próxima semana", admitiu o presidente do Senado.

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