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Bolsonaro pretende ir à Câmara acompanhar votação

Presidente deve ir ao plenário da Casa nesta quarta-feira, acompanhado do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos

9 jul 2019 - 18h26
(atualizado às 20h53)
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro pretende ir à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 10, pela manhã para acompanhar presencialmente parte da sessão de votação da proposta que modifica as regras de aposentadoria no País. O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, deve acompanhá-lo.

A sessão do plenário da Casa que vai deliberar sobre a reforma da Previdência foi aberta na tarde desta terça-feira, 9, pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A expectativa é iniciar os debates nesta terça e entrar no processo de votação à noite ou na manhã desta quarta. São necessários 308 votos para aprovar a reforma no primeiro turno na Câmara. Pela manhã, Bolsonaro disse estar confiante na aprovação da proposta em dois turnos pela Câmara antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.

01/12/2018
REUTERS/Paulo Whitaker
01/12/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Ao longo desta terça-feira, Bolsonaro voltou a fazer elogios a Rodrigo Maia. Mais cedo, disse que o deputado é "nosso general dentro da Câmara". No início da tarde, afirmou que o presidente da Casa "quer o melhor para o Brasil" e está empenhado na aprovação da proposta.

À tarde, o presidente afirmou a jornalistas que "tudo indica" que categorias voltadas para a área da Segurança Pública deverão ficar fora da proposta de reforma. Essas categorias seriam contempladas em um novo Projeto de Lei Complementar (PLC) a ser editado após a promulgação da reforma, explicou em um evento em Brasília. Desde a semana passada, Bolsonaro tem atuado para viabilizar regras mais brandas para policiais federais no texto final.

Na última quarta-feira, após ter sido chamado de traidor por alguns policiais em protesto na Câmara, Bolsonaro conseguiu alterações no texto da reforma da Previdência para beneficiar a categoria. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast na ocasião, o presidente ligou para diversos líderes partidários solicitando as mudanças. Segundo essas fontes, a pressão dos parlamentares teria levado o relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), a ceder nesse ponto, colocando uma idade menor para que policiais se aposentem.

Estratégia

O Diário Oficial da União desta terça-feira traz a exoneração temporária dos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, para que eles possam reassumir seus mandatos de deputado federal e votar a favor da reforma da Previdência na Câmara. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também deverá retornar à Câmara para votar em prol da reforma. A expectativa é que os ministros licenciados retornem aos respectivos cargos depois que a votação for concluída.

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