Relator da MP da Eletrobrás apresenta novo parecer ao Senado
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) acatou novas emendas no texto que será votado em sessão plenária marcada para a manhã desta quinta-feira
BRASÍLIA - Em mais uma tentativa de obter votos para aprovar a medida provisória que permite a privatização da Eletrobrás, o relator, senador Marcos Rogério (DEM-RO), apresentou nova versão do parecer que será submetido à votação na sessão plenária do Senado marcada para as 10h desta quinta-feira, 17, e acatou novas emendas em seu parecer.
A minutos do início da sessão, o governo não arrisca um placar nem a favor nem contra o projeto. O texto foi trabalhado ao longo da noite de quarta-feira, 16, e da madrugada para tentar obter margem para a aprovação.
Entre as principais mudanças, o senador retirou a condição prévia de contratação de termelétricas para dar andamento à capitalização. O ajuste de redação permite que os leilões sejam feitos depois da privatização, prevista para ser concluída no início de 2022.
O relator incluiu ainda Estados da Região Sudeste entre aqueles que receberão termelétricas, além das previstas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A nova divisão dos 6 mil MW prevê 1 mil MW para o Nordeste, 2 mil MW para o Norte, 2 mil MW para o Centro-Oeste e 1 mil MW para o Sudeste - 500 MW para Minas Gerais e 500 MW para serem divididos entre Rio, São Paulo e Espírito Santo.
O parecer propõe também uma nova divisão dos recursos que serão destinados para a revitalização de bacias do Norte, com 15% para o Rio Madeira e 15% para o Rio Tocantins.
Há ainda emendas acolhidas por sugestão dos senadores Espiridião Amin (PP-SC) e Mecias de Jesus (Republicanos-RR), que criticaram a proposta na quarta. No relatório anterior, 19 emendas haviam sido acolhidas.