Renda variável: como escolher entre investir em ações ou fundos
Assista ao vídeo com o especialista Ivan Barboza explicando as diferenças
A renda variável pode proporcionar mais possibilidades de ganhos do que a renda fixa, mas investir em ações diretamente não é a única opção para se expor a essa categoria de investimentos.
Uma alternativa é investir em fundos de ações. Existem algumas diferenças em relação à taxas, impostos, entre outros aspectos, veja quais são e como fazer a melhor decisão para os seus investimentos.
O que considerar antes de escolher ações ou fundos
Para Ivan Barboza, sócio e gestor do Ártica Investimentos, três fatores são importantes para decidir entre ações e fundos.
“O primeiro é avaliar de maneira realista se você tem um conhecimento adequado para investir em ações. A bolsa é um ambiente competitivo, e a maior parte do capital que circula no mercado é gerenciada por profissionais. É claro que os profissionais também podem errar, mas se você não souber fazer as análises básicas bem feitas para evitar os erros óbvios, você já vai começar com as chances contra o seu investimento”, alertou o especialista.
O segundo fator é verificar quanto tempo você tem disponível para dedicar à gestão dos investimentos, e o terceiro ponto é mais subjetivo, afirma Barboza.
“Avalie se você tem um temperamento adequado para administrar diretamente seus investimentos em renda variável. Se você tiver reações emocionais fortes vendo o valor das suas ações oscilarem, ou se for muito influenciado pelo que os outros investidores estão dizendo ou fazendo, talvez cuidar da gestão de uma carteira de ações não seja a sua vocação”.
Compare as taxas e impostos de ações e fundos
• Tributação de ações: Ações são isentas de imposto até R$ 20 mil, e após isso a alíquota é de 15% sobre o rendimento, com exceção de day trade, tributado em 20%.
• Tributação e taxas de fundos: Fundos são tributados em 15% do lucro no momento do resgate. Fundos também podem ter taxas, como taxa de administração e taxa de performance, o que deve ser avaliado pelo investidor.
O momento em que o imposto é cobrado também é diferente, detalha Ivan Barbosa.
“Investindo direto em ações, a pessoa tem que apurar mensalmente o ganho de capital em cada venda de ações e recolher o IRGC (imposto de renda sobre ganho de capital). Investindo em fundos, o imposto só é pago no momento do resgate da cota e é automaticamente retido na fonte”, finaliza ele.