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Renegociação de dívidas dos Estados deve prever fundo para reduzir desigualdade regional, diz Haddad

O ministro da Fazenda afirmou que ainda falta equacionar pendências para que projeto de lei sobre o tema seja aprovado no Congresso

3 jul 2024 - 11h25
(atualizado às 12h32)
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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
02/05/2023
REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 02/05/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que espera que o governo conclua até o fim de julho as tratativas com governadores e parlamentares para a renegociação de dívidas dos Estados, apontando que a solução deve prever um fundo para redução de desigualdades regionais.

Em reunião do Conselho da Federação, no Palácio do Planalto, Haddad afirmou que ainda falta equacionar pendências para que projeto de lei sobre o tema seja aprovado no Congresso.

"Espero que até o final do mês a gente consiga concluir essa negociação e dar essa boa notícia aos entes federados", disse.

De acordo com o ministro, entre as premissas da renegociação devem estar um desconto sobre os juros das dívidas dos Estados com a União, equidade na concessão de benefícios às unidades federativas e apresentação de contrapartidas pelos beneficiados.

Segundo ele, também deve haver a criação de um fundo de equalização temporário, composto por parte dos recursos economizados no pagamento do serviço da dívida. A verba seria distribuída a partir de parâmetros que visem reduzir desigualdades regionais.

O Ministério da Fazenda apresentou a governos estaduais, em março, proposta para reduzir os juros das dívidas dos Estados com a União, exigindo em contrapartida a criação e ampliação de matrículas em educação profissional técnica.

A proposta inicial foi criticada por Estados com dívidas menores, que alegavam tratamento desproporcional entre os entes. Nas negociações, governadores também buscavam autorização para que os recursos economizados fossem aplicados não apenas em educação, mas em outras áreas, como infraestrutura.

As negociações têm sido mediadas pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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