Reserva de emergência: Como começar a sua e investir de forma segura

As pessoas estão constantemente sujeitas a imprevistos e despesas inesperadas, como perda de emprego, reparos de carro ou gastos com reformas. Por esse motivo, é crucial contar com uma reserva de emergência para lidar com esses problemas. No entanto, de acordo com um estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 52% dos brasileiros não possuem uma reserva de emergência.

O primeiro passo para conseguir economizar esse dinheiro é realizar um planejamento financeiro adequado. “Essa reserva de emergência é um dos tópicos mais importantes  dentro de um planejamento financeiro, pois são os recursos destinados a situações inesperadas e emergenciais”, destaca Valéria Bax, conselheira do Decisão Atacarejo.

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Também é essencial ressaltar que essa reserva não deve ser utilizada para gastos supérfluos, lazer ou compras por impulso. "Utilizar o dinheiro dessa forma vai contra o propósito principal da reserva, que é fornecer estabilidade financeira em meio à imprevisibilidade do dia a dia", afirma Valéria.

Como criar uma reserva de emergência

• Liste as despesas fixas: É crucial começar listando as despesas fixas, como água, luz, internet e supermercado. Isso ajudará a saber quanto é possível economizar.

• Defina um valor para a reserva: A reserva deve ser suficiente para cobrir as despesas por pelo menos seis meses.

• Escolha onde guardar o dinheiro: É fundamental buscar algum tipo de investimento no qual seja possível, pelo menos, evitar a perda de dinheiro para a inflação.

• Planeje contribuições financeiras regulares: Em alguns casos, é válido buscar maneiras de obter renda extra para acelerar o processo de criação da reserva.

• Reavalie regularmente a reserva: É necessário reavaliar a reserva em caso de aumento da família ou em situações como financiamentos.

"O primeiro passo é equilibrar todas as despesas fixas, tentando reduzir ao máximo os gastos supérfluos", conclui a especialista.

Investindo de forma segura

Além de garantir seu 'colchão de segurança', a organização financeira desempenha um papel fundamental na hora de investir. “Antes de pensar em fazer algum investimento, é importante controlar os gastos. Algumas coisas podem ser repensadas e substituídas. Por exemplo, será que eu preciso contrair essa dívida no momento? Se trocar o carro por um mais econômico não me daria mais alívio financeiro? São algumas questões a serem pensadas”, argumenta o mentor de negócios André Minucci.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria, em 2022, quase 70% da população não conseguiu poupar suas finanças até o final do mês. Veja algumas dicas para se organizar nesse sentido:

• Autoconhecimento como ponto de partida: O primeiro passo é conhecer seus gastos. Ter um autoconhecimento da sua vida financeira é fundamental para determinar o melhor investimento ou a forma de economizar dinheiro.

• Abra uma conta de investimento: Após pagar as contas do mês, é hora de separar a quantia que deseja investir. Agora, partimos para o próximo passo. Abra uma conta de investimentos, seja em uma corretora ou em um banco tradicional. Separe o dinheiro que será utilizado para investimento daquele destinado aos gastos do dia a dia. Essa divisão é uma boa dica para evitar a tentação de gastá-lo em outras coisas.

• Escolha os investimentos certos com seu perfil: Para aqueles que sonham em viver de renda ou desejam ter uma renda extra no final do mês, é importante saber onde investir. As opções são muitas: fundos imobiliários, ações que pagam dividendos, títulos de renda fixa com juros e fundos indexados à Bolsa podem ser boas opções caso estejam de acordo com seu perfil de investidor. 

• Cuidado com os “milagres”: Retornos mais altos do que são normalmente anunciados pelo mercado ou são de alto risco de perda ou são fraude. “É preciso ficar ligado para não cair em golpes. Procure agências seguras para te orientar da forma correta. Se a promessa de ganhar dinheiro for muito fácil, desconfie”, completa Minucci.