Reservas confirmadas de viagens da CVC crescem 41% em 2021
Considerando operações no Brasil e na Argentina, os números da empresa somaram R$ 8,9 bilhões; retomada de viagens internacionais desacelerou na segunda quinzena de dezembro
A CVC anunciou aumento de 41% das reservas de viagens confirmadas no ano de 2021 ante 2020, para R$ 8,9 bilhões. Na comparação do quarto trimestre, o avanço foi de 64%, para R$ 3 bilhões. Os dados preliminares somam as operações da empresa tanto no Brasil quanto na Argentina.
O grupo destaca a operação da Argentina, que registrou mais de 100% de expansão, e a operação B2C, com crescimento de 35% ante o terceiro trimestre e 64% em comparação com o mesmo período de 2020. A operação brasileira da CVC Corp embarcou 7,7 milhões de passageiros em 2021, 30% a mais que em 2020.
Em comunicado, a empresa diz que acredita que os efeitos da variante Ômicron sejam transitórios pois, apesar da rápida disseminação da variante nas últimas semanas, há sinais de estabilização ou declínio dos casos em alguns dos primeiros países acometidos por ela.
"A retomada do setor, dessa forma, deve seguir afetada nas próximas semanas, entretanto a demanda reprimida deve permanecer alta para viagens das mais diversas naturezas e, assim, impulsionar o aumento de passageiros embarcados ao longo de 2022", aponta a companhia.
Além disso, a CVC destaca que as reservas confirmadas no Brasil mantiveram trajetória de recuperação nos últimos meses. A companhia excetua o mês de outubro, devido ao ataque cibernético que afetou a realização de novas reservas na primeira quinzena do mês. As reservas confirmadas no País de novembro e dezembro equivalem a 66% do registrado no mesmo período de 2019 pro forma, 2 pontos porcentuais acima em comparação com o terceiro trimestre. No entanto, houve desaceleração de vendas a partir da segunda quinzena de dezembro, sobretudo para destinos internacionais, pelos efeitos do avanço da variante Ômicron da covid-19.
Prejuízo no turismo
Com a redução de viagens motivada pelas medidas sanitárias para conter a taxa de contágio da covid-19, o setor de turismo passa por uma fase difícil. Desde o agravamento da pandemia, em março de 2020, o setor teve prejuízo estimado de R$ 463,8 bilhões, até novembro de 2021, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A CNC prevê crescimento de 22,5% para as atividades turísticas para o ano completo de 2021, seguido de aumento de 1,7% em 2022.