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Royalties musicais: como investir em artistas nacionais e internacionais

Investidor pode adquirir fração de obras de estrelas da música brasileira e mundial

29 jul 2024 - 05h00
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Em abril, a Hurst lançou a primeira oferta no Brasil de royalties musicais internacionais, com catálogos de canções interpretadas por nomes como a musa pop Beyoncé.
Em abril, a Hurst lançou a primeira oferta no Brasil de royalties musicais internacionais, com catálogos de canções interpretadas por nomes como a musa pop Beyoncé.
Foto: Getty Images

A música está presente na vida de milhares de pessoas. Com as obras musicais tocadas em diversas plataformas, basta uma boa conexão com a internet e um clique para ouvir canções do seu artista preferido. Além do entretenimento, no entanto, é possível ganhar dinheiro enquanto escuta o ídolo, graças a um investimento alternativo: em royalties musicais. 

De forma geral, investir em royalties musicais quer dizer que o investidor tem direito a receber um valor sempre que uma composição musical for reproduzida por terceiros em shows, locais públicos ou em plataformas como Spotify e YouTube. 

"Em resumo, os artistas vendem uma parte de seus ganhos futuros gerados por seu catálogo musical aos investidores em troca de um pagamento fixo", informa a COO da MUV Capital, Ana Gabriela Mathias.

Segundo explica, a securitização é uma prática financeira que envolve a conversão de futuros fluxos de ativos, como os royalties musicais, em valores mobiliários negociáveis.

Modelo de comercialização

As operações de royalties musicais começam por meio de um contrato direto entre o originador e o artista detentor dos direitos de autor e conexos referentes às obras musicais. Conforme o documento, o originador se torna temporariamente titular de uma fração dos recebíveis, que serão gerados a partir da reprodução das referidas músicas no tempo.

Os recebíveis estão atrelados ao número de vezes em que determinada obra musical e o fonograma são executados publicamente ou reproduzidos em diferentes ambientes e plataformas que gerem, ao titular dos royalties de música, o direito ao recebimento de determinada quantia por tal reprodução.

O CEO da Hurst Capital, Arthur Farache, lembra que, além da diversificação, o grande diferencial deste tipo de investimento é a descorrelação com a bolsa de investimentos tradicional e o recebimento de renda passiva ao longo do período investido.

"O desempenho do mercado fonográfico é pouco afetado em momentos de incertezas político-econômica, característica que o torna bastante atrativo. Além disso, o investidor poderá ter uma renda mensal passiva durante os meses em que os Certificados de Recebíveis permanecerem em vigor", ressalta.

De acordo com dados do Ecad, entidade responsável pela fiscalização, arrecadação e distribuição de direitos autorais aos artistas, a arrecadação com música em 2022 (os dados de 2023 ainda não estão fechados) ficou em R$ 1,39 bilhão. A distribuição, em torno de R$ 1,23 bilhão, beneficiou 316 mil artistas, entre compositores, cantores e outros profissionais envolvidos. 

Últimos lançamentos 

Com um acervo diversificado que vai desde marchinhas de carnaval ao sertanejo e trilha sonora de novela, Moacyr Franco, por exemplo, negociou seus royalties musicais no último mês. Durante sua carreira, Moacyr compôs diversas obras, incluindo a famosa marchinha "Me dá um Dinheiro Aí".

O catálogo do cantor Kadu Martins também foi adquirido recentemente pela MUV. No caso de Kadu, a operação prevê uma taxa de retorno estimada em 19,08% ao ano (cenário base) e prazo de 36 meses com garantia de IPCA, índice de inflação oficial do País. Já na operação de Moacyr, a taxa de retorno estimada é de 21,04% ao ano.

Investidores interessados podem adquirir os Certificados de Recebíveis lastreados nos direitos creditórios da execução pública e distribuição digital das músicas. No caso da Hurst, por exemplo, os interessados podem investir com o valor mínimo de R$ 10 mil.

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Fonte: Redação Terra
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