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Sabesp diz ter colchão financeiro para enfrentar crise

Companhia enfrenta uma das piores secas da história da região

14 mai 2014 - 16h48
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A Sabesp está pronta para lidar com qualquer cenário de estresse operacional provocado pela falta de chuvas em São Paulo, disse nesta quarta-feira o superintendente de Captação de Recursos e Relações com Investidores da empresa, Mario Sampaio.

"Estamos prontos para qualquer cenário", disse o executivo a jornalistas após participar de evento, em São Paulo. A companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo enfrenta uma das piores secas da história da região e, para incentivar a economia de água, concedeu desconto de 30% na tarifa para quem economizar ao menos 20% no consumo.

Até agora, cerca de 40% dos consumidores têm tido um consumo pelo menos 20% menor. Cerca de 80% consomem menos do que a média dos últimos 12 meses, afirmou ele. Devido ao provável impacto que a medida terá nas suas receitas, a Sabesp promoveu um corte de R$ 900 milhões no orçamento deste ano, incluindo investimentos e receitas.

Segundo Sampaio, com o aproveitamento do chamado "volume morto", reserva subterrânea, o Sistema Cantareira, que atualmente opera com menos de 10% da capacidade, deve ter um aumento de cerca de 20 pontos no reservatório.

Segundo ele, isso será suficiente para abastecer a demanda até outubro, quando começa a próxima época de chuvas. Mas se não houver nenhuma chuva até lá, a companhia pode enfrentar um novo cenário, disse.

Apesar do adiamento de alguns projetos devido à reprogramação do orçamento, o plano mais global de investimentos, que deve consumir uma média de R$ 2,5 bilhões por ano até 2018, está mantido. Uma das readequações orçamentárias adotadas é a antecipação da captação de água do rio Paraíba do Sul, de 2020 para 2016, e que vai consumir cerca de R$ 500 milhões. A obra deve ajudar a abastecer o Sistema Cantareira.

Sampaio afirmou que a Sabesp não planeja captar recursos por meio das chamadas debêntures de infraestrutura. "Hoje esse é um mecanismo que oferece muito risco e é muito complexo", disse.

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