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Sabia que o Brasil já teve uma Disney? Relembre história e o que levou ao fracasso do parque no país

Terra Encantada acumulou um enorme histórico de altos e baixos e acabou sendo demolido depois de anos oferecendo diversão

28 out 2024 - 05h01
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Terra Encantada, empreendimento pioneiro no Brasil, implantado em uma área de 300.000 m2 e área de construção de 87.675 m².
Terra Encantada, empreendimento pioneiro no Brasil, implantado em uma área de 300.000 m2 e área de construção de 87.675 m².
Foto: Divulgação/Renata Engenharia

O maior parque temático já construído no Brasil, o Terra Encantada, na Barra da Tijuca, zona sul do Rio de Janeiro, fechou as portas em ruínas em 2010 – exatos 12 anos depois de sua fundação em 1998. Considerado a Disney brasileira, o parque acumulou um enorme histórico de altos e baixos e acabou sendo demolido depois de anos oferecendo diversão. 

Com um investimento de US$ 235 milhões, o Terra Encantada foi concebido em uma área de 300.000m². O projeto foi lançado em 1995 para ser um dos mais modernos parques da América Latina, com a expectativa de atrair turistas de todo o mundo. Eram esperadas 3,5 milhões de pessoas por ano, o que renderia US$ 70 milhões só em bilheteria.

O projeto foi bem aceito pelos investidores e tudo parecia que ia dar certo. O parque recebeu investimento de várias empresas nacionais e internacionais. Seis patrocinadores (Garoto, Coca-Cola, Kibon, Kodak, Kaiser/Heineken e BR/Petrobrás) investiram US$ 30 milhões. Outros US$ 20 milhões vieram do Bank of America, um dos maiores bancos dos Estados Unidos.

O Serpros, fundo de pensão do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) também entrou com US$ 20 milhões. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) financiou outros US$ 50 milhões do projeto. Os US$ 115 milhões restantes vieram dos empreendedores: o Grupo Esta, do engenheiro Tjong Hiong Oei, e a Tor Empreendimentos e Participações.

Má administração

Grandioso, o parque tinha tudo para ser um sucesso. No entanto, uma série de problemas afetaram o parque antes mesmo da inauguração. Informações divulgadas pela imprensa à época dão conta que o parque começou a operar – com três meses de atraso, em 16/01/1998 - com apenas metade das 90 lojas abertas e cerca de 15 brinquedos funcionando.

Parte das atrações prometidas e divulgadas para a inauguração não foram abertas e algumas nunca chegaram a sair do papel. Durante o auge, o parque operou com 90 lojas e 47 quiosques, dos quais 11 restaurantes, 15 bonbonnières e 7 bares. Era um verdadeiro shopping.

O Terra Encantada tinha como tema a história, a cultura, as raças e o meio ambiente do Brasil. As ruas, com sinalizações em português, inglês e espanhol, lembravam a Disney World, na Flórida (EUA). No entanto, os personagens do parque foram inspirados em animais silvestres e personagens de lendas brasileiras. 

Qualidade dos serviços e acidentes

O Terra Encantada foi inaugurado com uma grande expectativa do público, que ficou animado e empolgado com a construção do parque. Contudo, com a má administração e com o tempo o parque foi perdendo público e as pessoas passaram a não mais acreditar no potencial do empreendimento. 

Foram surgindo comentários negativos, propaganda considerada enganosa e relatos de pessoas que se machucaram nas atrações. No primeiro mês de operação, por exemplo, a atriz Ísis de Oliveira sofreu lesão na coluna cervical após andar no brinquedo Cabum, uma torre de queda livre de 67 metros de altura.

Em março de 2002, houve uma briga generalizada em um show da banda Charlie Brown Jr. onde boa parte das lojas e quiosques do parque foram saqueadas e destruídas. Em 2004, um incêndio - provocado pela queda de um balão - queimou e destruiu a tematização da estação da Monte Makaya, a principal atração do parque.

Em 2005 o parque viveu uma das piores fases de sua história, quando um jovem que participava de uma festa noturna teve traumatismo craniano após cair da Monte Aurora. O último acidente, ocorrido em 2010, foi o estopim para o fim das atividades do parque. Heydiara Lemos Ribeiro, 61, morreu após cair da mesma atração (Monte Aurora).

Em 2013, o terreno do parque foi adquirido por cerca de R$ 1,5 bilhão pelas empresas Queiroz Galvão e Cyrela. Em 2015, os brinquedos do parque começaram a ser desmontados, e em 2016, o local foi completamente demolido.

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Fonte: Redação Terra
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