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Sachsida cobra Petrobras sobre venda de refinarias: 'Vamos tentar a sério?'

Acordo com o Cade estabelece venda de refinarias da estatal; em participação em evento, ministro de Minas e Energia também falou sobre privatização da Petrobras

5 ago 2022 - 08h37
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BRASÍLIA e SÃO PAULO - O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, voltou a cobrar que a Petrobras cumpra o acórdão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a venda de refinarias. "Em refino, é possível avançar e a Petrobras vender suas refinarias, enquanto não há consenso para a privatização", afirmou, em participação no Expert XP, na quinta-feira, 4.

Ele ironizou as alegações de que a empresa não teria conseguido vender os ativos. "Que dó da Petrobras, tentou vender as refinarias e não conseguiu. Vamos tentar a sério? O que é acordado não sai caro. Tem um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) do Cade que precisa ser cumprido", enfatizou.

O ministro apontou que o governo está estudando maneiras de gerar mais competição no setor de petróleo. Ele evitou colocar um prazo para o envio do projeto de privatização da Petrobras ao Congresso, mas defendeu que a empresa continue vendendo parte de seus ativos.

"A questão da Petrobras é complexa, e eu diria que levaria entre três e três anos e meio. É o momento da sociedade escolher. Queremos uma empresa estatal ou privada? Eu tenho a minha preferência, quero ela privada, mas o importante é ter competição. Se houver os consensos, é possível avançar", afirmou.

O ministro avaliou que o presidente da Petrobras "tem poder demais". "Falei com Bolsonaro que precisava de presidente na Petrobras que soubesse lidar com competição. Será que a gente quer deixar um poder desse tamanho para quem quer que seja? Prefiro ter mais competição para diluir o poder. Enquanto ministro de Minas e Energia, eu vou gerar competição no setor, e é bom que a Petrobras aprenda a competir", disse. "Na hora que a Petrobras for obrigada a competir, rapidinho ela dá valor à pauta social e ambiental", completou.

Sachsida evitou comentar sobre a política de preços da Petrobras para os combustíveis e defendeu prudência para esperar que o preço internacional do petróleo se estabilize. "Prefiro não opinar sobre os preços de uma empresa privada. Eu digo para o presidente Jair Bolsonaro que há coisas que controlamos e coisas que não controlamos. Temos que ter a sabedoria para distinguir as coisas".

Ele disse que pediu "sabedoria e prudência" a Bolsonaro, para esperar que o preço internacional do petróleo se estabilize. Também argumentou que o aumento dos fluxos de investimentos para o Brasil tende a valorizar o real, reduzindo o preço do petróleo em moeda nacional.

Sede da Petrobras; ministro de Minas e Energia cobrou que a Petrobras venda refinarias. Foto: Sergio Moraes/Reuters

"Se começarmos a tributar as petroleiras, vamos reduzir os investimentos e precisamos do contrário. Vamos mostrar que não tem aumento de imposto aqui e vamos reduzir mais tributos. Vamos isentar a dívida privada do Imposto de Renda porque isso vai trazer mais dinheiro para o Brasil e vai valorizar o câmbio", completou.

O ministro também voltou a elogiar a aprovação pelo Congresso da limitação do ICMS para combustíveis, energia elétrica e outros serviços. A medida já resultou em várias liminares do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a União compense a perda de arrecadação dos Estados.

"Em relação a diminuir impostos federais, precisa conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente Jair Bolsonaro. O presidente é a favor de reduções tributárias, mas é preciso saber quais reduções a sociedade quer, como a revisão da tabela do Imposto de Renda", declarou.

Estadão
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