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Safra de soja tem potencial reduzido em MS, PR e RS, mas ainda é recorde no Brasil

10 jan 2025 - 13h49
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A safra de soja do Brasil em 2024/25 teve seu potencial reduzido nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, alguns dos maiores produtores brasileiros, mas a projeção de colheita do país segue sendo de um novo recorde apesar do tempo seco e calor em algumas áreas, de acordo com relatos de especialistas nesta sexta-feira.

O maior produtor e exportador global de soja deverá produzir 167,94 milhões de toneladas na temporada 2024/25, apontou a consultoria Pátria AgroNegócios, reduzindo sua projeção em cerca de 2,5 milhões de toneladas, com o tempo adverso afetando as lavouras em alguns Estados ao sul.

"Houve redução da qualidade vegetal em Mato Grosso do Sul, oeste de São Paulo, noroeste do Paraná e centro-leste do Rio Grande do Sul", afirmou o diretor da Pátria AgroNegócios, Matheus Pereira.

Apesar da diminuição da expectativa, a safra ainda seria recorde, superando de longe a projeção da temporada anterior, de 147,74 milhões de toneladas, quando problemas climáticos interferiram nos resultados.

Entretanto, o potencial produtivo da safra atual do Brasil era para 175,5 milhões de toneladas, de acordo com avaliação de novembro da consultoria.

Na quinta-feira, a Emater, órgão de assistência técnica do Rio Grande do Sul, afirmou que a diminuição da umidade já causa estresse hídrico em parte significativa das áreas no Estado, "reduzindo o potencial produtivo da cultura", conforme antecipado pela Reuters com base em avaliações de agrometeorologistas nesta semana.

Pereira, da Pátria AgroNegócios, afirmou que o calor em Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo também "tem sido problemático".

O especialista também citou chuvas excessivas em algumas áreas da região central do Brasil, o que pode atrapalhar os trabalhos de colheita, que já começou em Mato Grosso.

"Nada que cause quebras produtivas, porém o excesso de chuvas e baixa luminosidade reduz a capacidade fotossintética das culturas em campo e limita o avanço das produtividades", disse ele.

A EarthDaily Agro, empresa que monitora áreas agrícolas por meio de imagens de satélites, indicou redução do potencial produtivo das lavouras de verão em boa parte da zona produtora.

"No Mato Grosso do Sul, em Goiás, no Paraná e Rio Grande do Sul, o índice de vegetação (NDVI) apresenta evolução ruim. Somente no Mato Grosso a situação das lavouras permanece satisfatória", afirmou a EarthDaily Agro.

O analista de safra da EarthDaily Agro, Felippe Reis, disse que no acumulado dos primeiros dez dias do ano choveu menos de 10 milímetros no Mato Grosso do Sul, índice 83% abaixo da média.

"O calor tem aumentado nos últimos dias, o que eleva a evapotranspiração, levando a uma queda ainda maior da umidade do solo", disse.

No Paraná, a umidade do solo está no menor patamar em comparação com os últimos 20 anos, segundo a empresa de monitoramento. "Já no Rio Grande do Sul, a chuva não deve aparecer em grandes volumes no curto prazo e o NDVI já mostra as consequências da seca, com uma dinâmica muito ruim."

ALTA

Por outro lado, a consultoria Safras & Mercado elevou nesta sexta-feira suas projeções de safra do Brasil para um recorde de 173,71 milhões de toneladas, citando que o ajuste positivo mais recente se concentra na região Centro-Oeste, especialmente no Estado de Mato Grosso (maior produtor brasileiro), que apresenta um "quadro muito favorável nas lavouras".

O consultor de Safras & Mercado, Rafael Silveira, destacou entretanto alguns pontos de atenção diante de condições climáticas desfavoráveis no sul do Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul, que podem resultar em cortes e redução de produtividade nessas regiões.

Além de uma revisão para baixo nesses Estados, ele citou que uma leve redução na previsão de safra do Paraná também é esperada.

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