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Safra projetada para 2025 é revisada para cima; IBGE prevê crescimento de 7%

Em relação ao primeiro prognóstico, divulgado em novembro, houve um aumento de 1,2% na estimativa para a produção agrícola, com 3,9 milhões de toneladas a mais

12 dez 2024 - 14h19
(atualizado às 14h26)
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RIO - A safra agrícola brasileira deve totalizar 314,8 milhões de toneladas em 2025, 20,5 milhões de toneladas a mais do que o desempenho de 2024, um aumento de 7%. Os dados são do segundo Prognóstico para a Produção Agrícola do ano que vem, divulgado nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao primeiro prognóstico, divulgado no mês passado, houve um aumento de 1,2% na estimativa para a produção agrícola, 3,9 milhões de toneladas a mais.

"Prevemos um aumento da produção, sendo uma recuperação das perdas que tivemos em 2024. Embora o ano agrícola de 2025 esteja atrasado por conta da demora das chuvas nas unidades da federação produtoras de grãos, com a chegada destas chuvas, os produtores se mobilizaram e plantaram rapidamente estas lavouras e, agora, elas estão relativamente bem, o que aumenta a expectativa do aumento da safra para 2025?, explicou Carlos Barradas, gerente do levantamento do IBGE, em nota.

A expectativa de uma nova safra recorde de soja é o que tem impulsionado a projeção para a produção agrícola brasileira de 2025. A colheita de soja deve totalizar um ápice de 163,5 milhões de toneladas no ano que vem, um aumento de 12,9% em relação a 2024, 18,657 milhões de toneladas a mais.

Além da soja, são esperados aumentos no milho 1ª safra (alta de 9,3% ante 2024 ou 2,129 milhões de toneladas a mais), arroz (6,5% ou 686,9 mil toneladas a mais) e feijão 1ª safra (29,0% ou 262,2 mil toneladas a mais).

Por outro lado, estão previstas reduções na produção de algodão herbáceo em caroço (-0,8% ou -40,9 mil toneladas), milho 2ª safra (-0,1% ou -136,3 mil toneladas), sorgo (-4,9% ou -199,6 mil toneladas) e trigo (-10,9% ou -891,1 mil toneladas).

Entre as colheitas estaduais, o volume produzido deve crescer nos seguintes Estados: Mato Grosso (1,9%), Paraná (11,0%), Rio Grande do Sul (12,4%), Mato Grosso do Sul (24,1%), Minas Gerais (6,1%), em Goiás (5,0%), Bahia (6,7%), São Paulo (16,3%), Tocantins (0,3%), Santa Catarina (4,6%), Piauí (2,3%) e Rondônia (10,6%).

As estimativas indicam safras menores para o Maranhão (-0,2%), Sergipe (-1,7%)) e Pará (-7,7%).

Queda na produção em 2024

Para este ano, a produção agrícola brasileira foi estimada em 294,3 milhões de toneladas, 6,7% menor do que a do ano passado, 21,1 milhões de toneladas a menos, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de novembro divulgado nesta quinta-feira, 12, pelo IBGE.

O resultado, porém, é 545,5 mil toneladas maior do que o previsto no levantamento anterior, referente a outubro, uma alta de 0,2%.

"Esta queda de 6,7% na produção de cereais, leguminosos e oleaginosas em 2024 com relação a 2023 deve-se a problemas climáticos, que ocorreram na maioria das Unidades da Federação produtoras, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul", disse Barradas, acrescentando que houve estiagem e temperaturas elevadas. "No estado do Rio Grande do Sul, ainda ocorreu um grande volume de chuvas nos meses de abril e maio deste ano", acrescentou.

Em relação a 2023, o Brasil deve colher mais arroz, feijão, algodão e trigo em 2024, mas menos soja, milho e sorgo. O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos, somados, representam 92,1% da estimativa da produção e respondem por 87,2% da área a ser colhida.

Neste ano, estão previstos aumentos de 14,8% para a produção de algodão herbáceo, de 3,1% para o arroz, de 5,7% para o feijão e de 5,0% para o trigo. Os recuos devem chegar a 4,7% para a soja, 11,9% para o milho (com reduções de 17,8% no milho de 1ª safra e de 10,3% no milho de 2ª safra) e 5,8% para o sorgo.

Estadão
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