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Salários de alto escalão crescem quase 10% em 2022, aponta relatório

Em 2022, houve um aumento de 9,1% na remuneração dos CEOs, 9,9% na dos executivos de alto escalão e 8% na dos executivos em geral

23 mai 2023 - 05h00
(atualizado às 08h48)
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CEOs são responsáveis pela gestão das empresas e, portanto, são remunerados com base em seu desempenho e sucesso em aumentar o valor da empresa
CEOs são responsáveis pela gestão das empresas e, portanto, são remunerados com base em seu desempenho e sucesso em aumentar o valor da empresa
Foto: recep-bg / iStock

Nos últimos anos, ocorreu um aumento considerável na remuneração dos CEOs em relação à média salarial das empresas. Esse crescimento salarial dos CEOs resulta de diversos fatores, como globalização, competição por talentos, pressão dos acionistas e mudanças na governança corporativa.

Os CEOs são responsáveis pela gestão das empresas e, portanto, são remunerados com base em seu desempenho e sucesso em aumentar o valor da empresa. No entanto, em muitos casos, os salários têm crescido abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), resultando em ajustes modestos devido a preocupações com a economia global, incertezas políticas e crises internacionais.

Segundo um estudo da consultoria organizacional Korn Ferry, que analisou a remuneração de líderes de alto escalão em 758 empresas, os salários dos CEOs e executivos voltaram a subir de forma mais expressiva em 2022. No último ano, os salários dos executivos em geral tiveram um aumento de remuneração inferior aos dos CEOs. Os salários dos executivos subiram 8,2% e os dos presidentes 9,1%, valores que foram calculados considerando a variação salarial de cada empresa em relação ao ano anterior.

Foto: Korn Ferry

O movimento salarial entre os CEOs de uma empresa pode variar de ano para ano, dependendo de diversos fatores, como desempenho da empresa, concorrência de mercado, mudanças regulatórias, entre outros.

Segundo Fernando Furtado, diretor de remuneração executiva na Korn Ferry, o salário direto de um CEO geralmente é composto por três partes:

• Uma parcela fixa mensal, que reflete a competitividade da empresa em relação ao mercado concorrente;

• Uma parcela variável de curto prazo, geralmente anual, paga como bônus ou participação nos lucros;

• Uma parcela variável de longo prazo, que pode ser paga em dinheiro, ações ou opções da empresa. As parcelas fixas e variáveis representam o potencial de ganho do CEO ao atingir os resultados esperados pelos acionistas.

Aumento em salários 

Em 2022, houve um aumento de 9,1% na remuneração dos CEOs, 9,9% na dos executivos de alto escalão e 8% na dos executivos em geral. Embora a remuneração dos executivos de alto escalão tenha tido o maior crescimento no último ano, os CEOs foram os que tiveram os menores aumentos desde 2019, de acordo com o gráfico do estudo da Korn Ferry. Esses percentuais foram calculados considerando a variação salarial dos mesmos executivos que permaneceram em suas posições dentro de cada empresa, comparados ao ano anterior.

Foto: Korn Ferry

A pandemia de covid-19 teve um grande impacto nos reajustes salariais em 2020. Com a crise econômica resultante da pandemia, muitas empresas enfrentaram desafios financeiros e reduziram custos, incluindo os salários dos funcionários. Em muitos casos, foram adotadas medidas de contenção de custos, como congelamento de salários, redução temporária de salários ou adiamento de aumentos salariais.

“Em geral, os reajustes salariais em 2020 foram limitados e muitas empresas adotaram uma abordagem de observação para entender melhor os impactos da pandemia. Após este período, a pesquisa demonstrou que estes cargos receberam reajustes mais representativos devido principalmente à retomada do ritmo de negócios e, também, para evitar possíveis perdas de seus executivos para o mercado, dado o eminente aumento de competitividade por talentos que foi acentuado pela necessidade de transformação de muitas empresas”, detalha Furtado.

Fonte: Redação Terra
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