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Salvo da sucata, ovo Fabergé de US$ 33 milhões é exposto

Por acaso, um homem não identificado comprou o objeto em um mercado no meio-oeste dos EUA por US$ 14 mil com a intenção de vendê-lo como sucata

7 abr 2014 - 15h24
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Um ovo de Páscoa Fabergé Imperial feito para o imperador russo Alexander 3º, que não era exibido ao público há mais de um século, estará à mostra em Londres depois de ser salvo do derretimento por um dono de ferro-velho nos Estados Unidos
Um ovo de Páscoa Fabergé Imperial feito para o imperador russo Alexander 3º, que não era exibido ao público há mais de um século, estará à mostra em Londres depois de ser salvo do derretimento por um dono de ferro-velho nos Estados Unidos
Foto: Reuters

Um ovo de Páscoa Fabergé Imperial feito para o imperador russo Alexander 3º, que não era exibido ao público há mais de um século, estará à mostra em Londres depois de ser salvo do derretimento por um dono de ferro-velho nos Estados Unidos que descobriu seu valor por acaso - a peça é avaliada atualmente em até US$ 33 milhões.

O Terceiro Ovo Imperial de Páscoa Perdido foi fabricado por Peter Carl Fabergé como um presente para a imperatriz Maria Feodorovna para a Páscoa de 1887. A joia de 8,2 cm de altura, feita de ouro e cravejada de diamantes e safiras, foi exposta pela última vez em São Petersburgo em 1902. O ovo foi tomado pelos bolcheviques durante a Revolução Russa de 1917 e, misteriosamente, foi parar nos Estados Unidos.

Por acaso, um homem não identificado comprou o objeto em um mercado no meio-oeste dos EUA por US$ 14 mil com a intenção de vendê-lo como sucata. Incapaz de encontrar um comprador, ele pesquisou na Internet e se deu conta de que podia ter encontrado o ovo perdido da imperatriz Maria Feodorovna.

O antiquário londrino Wartski, especializado no trabalho de Fabergé, comprou o ovo para um colecionar particular anônimo, que permitiu que ele seja exibido em seu pequeno salão de exibições perto de Bond Street, rua da capital inglesa conhecida por seu comércio de luxo. "Para a comunidade de história da arte e para o universo Fabergé, acho que tínhamos que dizer que ele foi encontrado. É como encontrar um Rembrandt perdido e não contar para ninguém", disse Kieran McCarthy, diretor do Wartski, à Reuters.

"Ele pode desaparecer novamente e ficar sumido por, sabe-se lá, não ficaria surpreso se não aparecesse durante outros 112 anos", afirmou. O ovo de ouro amarelo está em seu tripé original com apoios na forma de patas de leão, e é cercado de grinaldas douradas desenhadas com safiras azuis cabochon e diamantes.

Como todos os ovos Fabergé, ele contém uma "surpresa" -- um relógio feminino de Vacheron Constantin com um mostrador de esmalte branco e braços de ouro assentados em diamantes. O relógio foi tirado de seu estojo e montado no ovo para ser mostrado de pé. O ovo foi feito em São Petersburgo pelo principal joalheiro de Fabergé, August Holmstrom, entre 1886 e 1887.

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