Seca reduz potencial da 2ª safra de milho em áreas do centro-sul, diz AgRural
O potencial da segunda safra de milho do centro-sul do Brasil está sendo afetado pela falta de chuvas, principalmente nos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, informou a consultoria AgRural nesta sexta-feira.
No oeste do Paraná, segundo Estado em produção de milho do Brasil atrás de Mato Grosso, 70 por cento da safra está em polinização, fase em que a cultura fica mais suscetível a danos por seca, apontou a AgRural.
"Ainda não é possível, entretanto, mensurar o impacto da estiagem na produtividade (no oeste). O tempo também está seco no norte do Paraná, mas a situação ainda não preocupa tanto porque a região tem plantio mais tardio", afirmou a consultoria em nota.
Em Mato Grosso do Sul, a região sul é a que mais inspira cuidado, devido ao baixo volume de chuvas recebido em abril. A maior preocupação é nas áreas de solo arenoso, que retém pouca umidade, acrescentou a AgRural.
A segunda safra de milho do país é a principal, uma vez que produtores estão plantando mais soja na primeira safra. Assim, uma eventual quebra de colheita do cereal preocupa indústrias e exportadores.
A AgRural estima a produção brasileira de milho segunda safra em 63,6 milhões de toneladas, já considerando uma queda anual de 4,3 por cento na área plantada e linhas de tendência de produtividade.
Em maio, a consultoria revisará a projeção de produção, usando estimativas de produtividade por Estado que vão levar em conta as condições climáticas registradas até abril.
"Em Mato Grosso, parte da safrinha das regiões norte e oeste já garantiu boas produtividades, por ter sido plantada mais cedo e ter contado com umidade favorável em março e abril", disse a consultora.