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Selic: associação do mercado financeiro projeta juro a 12% em janeiro

Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima destaca que as expectativas para o IPCA, o índice oficial de inflação, seguem próximas do limite superior da meta para este e o próximo ano

18 set 2024 - 14h38
(atualizado às 14h46)
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O grupo consultivo macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) projeta que o novo ciclo de alta dos juros deve levar a Selic ao patamar de 12%.

Na avaliação dos economistas, o Comitê de Política Monetária (Copom) vai elevar a taxa em 0,25 ponto porcentual nesta quarta-feira, 18, em mais 0,50 em novembro, mais 0,50 em dezembro e depois ainda adicionar 0,25 em janeiro de 2025.

Para o final de 2025, a mediana das expectativas indica que a taxa chegará a 10,75%, com a trajetória de queda começando no segundo semestre.

Em relação à inflação, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada para cima, subindo de 4,0% para 4,3%. Para 2025, a projeção é de 3,8%.

"As expectativas para o IPCA neste e no próximo ano continuam próximas do limite superior da meta. A resiliência da inflação vem sendo sustentada principalmente pela expansão dos gastos fiscais", afirma Fernando Honorato, coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima, destacando ainda que os dados do mercado de trabalho e o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre mostraram uma economia mais aquecida do que o esperado, com o nível de atividade sendo puxado pela demanda.

'A resiliência da inflação vem sendo sustentada principalmente pela expansão dos gastos fiscais', diz Fernando Honorato Barbosa, coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima
'A resiliência da inflação vem sendo sustentada principalmente pela expansão dos gastos fiscais', diz Fernando Honorato Barbosa, coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima
Foto: JF Diorio/Estadão / Estadão

A projeção de crescimento do PIB deste ano subiu de 2,25% para 3,0%. Para 2025, a expectativa é de um aumento de 1,90%.

No câmbio, a estimativa para o dólar ao final deste ano passou de R$ 5,30 para R$ 5,40, mas uma possível valorização do real nos próximos meses também está no radar com o eventual aumento do diferencial de juros entre o Brasil e os EUA atraindo investimentos para o país.

Em relação à política fiscal, a previsão para a dívida bruta do setor público neste ano passou de 77,7% do PIB para 77,6%. Para 2025, a estimativa é atingir 80,9%, o que mostra que a dinâmica atual do crescimento dos gastos, mesmo com o arcabouço, ainda é motivo de incerteza e preocupação. Já a previsão para o déficit primário de 2024 foi reduzida de 0,63% para 0,53% do PIB e está em 0,79% para 2025.

Na análise do cenário externo, os economistas projetam que o Federal Reserve (Fed) iniciará o afrouxamento monetário nesta quarta-feira, 18, e destacam também a desaceleração da economia chinesa, puxada pelo arrefecimento do segmento imobiliário e do consumo das famílias. O menor ritmo do nível de atividade na China pode levar a uma queda adicional nos preços das commodities, prejudicando o saldo comercial dos países exportadores de bens primários, como o Brasil.

Estadão
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