Selic em 13,75% é oportunidade para investir em renda fixa
Especialista explica por que os ativos disponíveis hoje são oportunidade para os próximos anos
Na última reunião do Copom de 2022, finalizada em 7 de dezembro, o Comitê decidiu manter a taxa de juros e, 13,75%, conforme o esperado pelo mercado. Para os próximos anos, as projeções de inflação do Copom são em 6,0% para 2022, 5,0% para 2023 e 3,0% para 2024.
O cenário atual de juros altos é favorável para quem quer investir em renda fixa no médio e longo prazo, de acordo com o especialista em investimentos Tiago Cespe, fundador da Cespe Investimentos.
“A economia conturbada da forma que está gera a oportunidade de investir em títulos de renda fixa. A taxa de juros está em 13,75%, e a expectativa é de que para o próximo ano a taxa de juros comece a cair, e de repente volte a 11%, 11,5% até o final do ano de 2023”, explica Cespe.
Um cenário de incertezas
De acordo com o especialista, o cenário atual é de incertezas, Cespe considera que, embora não seja uma previsão, se pode esperar medidas mais conservadoras na economia pelo presidente eleito, Lula, considerando seus governos anteriores. Esse fato deve acalmar o mercado e contribuir para a queda na taxa de juros a partir do próximo ano.
Com isso, ter na carteira ativos com a taxa de juros atual se torna ainda mais interessante: “Atualmente a gente tem títulos para 1, 2 ou 3 anos, pagando 14%,14,5%, até 15% ao ano. Para até 7 anos é possível encontrar títulos [prefixados] pagando 14% ao ano. Há também títprincipalmente no mercado interno, devido à transição de Governo e falta de informações sobre as medidas do próximo presidente em relação à economia. Masulos como inflação + 6% ao ano e +7% ao ano. Investindo nesses títulos você garante uma taxa alta na sua carteira por mais tempo, o que daqui 1 ou 2 anos você não vai ter mais”, ressalta o especialista.
Apesar dos ativos prefixados e híbridos proporcionarem uma oportunidade, Cespe recomenda que como uma estratégia de médio a longo prazo é importante ter também uma parte dos recursos investidos em títulos atrelados ao CDI, à inflação, que vão proteger em caso de aumento da taxa de juros.