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Senadores vão ao TCU pedir auditoria em Bolsa Família no Nordeste

A região nordestina só recebeu 3% dos novos benefícios concedidos no mês de janeiro de 2020

5 mar 2020 - 16h01
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A bancada do PT no Senado pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma auditoria na concessão do Bolsa Família no Nordeste. Conforme o Estadão/Broadcast revelou, a região só recebeu 3% dos novos benefícios concedidos no mês de janeiro de 2020. Por outro lado, Sudeste e Sul foram priorizadas nas novas concessões e reuniram 75% dos benefícios liberados no primeiro mês deste ano.

Na semana passada, os senadores aprovaram um convite ao ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, para explicar a fila de espera do Bolsa Família na Comissão de Desenvolvimento Regional da Casa. Conforme o Estado publicou no último dia 18, a fila já chega a 3,5 milhões de pessoas, o que representa 1,5 milhão de famílias de baixa renda.

Bolsa Família é um programa federal de transferência de renda
Bolsa Família é um programa federal de transferência de renda
Foto: Agência Brasil / Estadão

Agora, senadores preparam um novo pedido para Onyx ir ao Congresso explicar a situação do programa no Nordeste. Além disso, querem um pente-fino do TCU. "Parece que o governo federal está perseguindo o povo nordestino e da região Norte. Tem mais de um milhão de famílias esperando para receber o benefício. Então queremos saber o que está acontecendo", disse o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), em vídeo divulgado pelas redes sociais após protocolar o pedido à corte de contas.

CPMI

Na Câmara, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), com o apoio da bancada de seu partido, vai pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para investigar as concessões do Bolsa Família.

"Essa reportagem mostra a distorção e perversidade do governo para a região onde ele não teve voto", disse Ivan. O Nordeste foi a única região do País em que o presidente Jair Bolsonaro não ganhou no segundo turno das eleições de 2018.

Valente disse que o pedido será para uma investigação ampla sobre toda a execução do programa. O partido irá começar a recolher as 171 assinaturas necessárias para a abertura da comissão. Depois dessa etapa, caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir se há um fato determinado e de relevante interesse público que justifique a instalação da CPI.

Estadão
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