Setor de serviços do Brasil tem alta inesperada em julho e renova patamar recorde
O volume de serviços em julho avançou 1,2% em relação a junho, resultado que ofuscou a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,1%
O volume de serviços no Brasil teve resultado bem melhor do que o esperado em julho e cresceu pelo segundo mês seguido, iniciando o terceiro trimestre em patamar recorde e com um resultado que segue favorecendo o desempenho econômico.
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O volume de serviços teve em julho avanço de 1,2% em relação a junho, resultado que ofuscou a expectativa em pesquisa da Reuters de um recuo de 0,1%.
Com isso, o setor renovou seu patamar recorde, superando o nível do mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
Em relação a julho do ano passado, o volume de serviços apresentou ganho de 4,3%, contra projeção de alta de 2,4% nessa base de comparação.
Com a inflação baixa, renda em alta e mercado de trabalho aquecido, os serviços tendem a dar contribuição positiva para a economia brasileira neste ano, embora a inflação do setor seja um ponto de alerta.
No segundo trimestre, os serviços -- setor que responde por cerca de 70% da economia do país -- avançaram 1,0% no período sobre os três meses anterior, mostraram dados do IBGE sobre o PIB.
Os dados de julho serão avaliados pelo Banco Central na reunião de política monetária da próxima semana, já que reforçam o cenário de desempenho econômico forte. Analistas divergiram na véspera sobre a possibilidade de alta da Selic, atualmente em 10,5%, após divulgação de queda de 0,02% do IPCA em agosto.
Em julho, o IBGE destacou que houve alta de 4,2% na atividade de profissionais, administrativos e complementares. Dentro do setor, os destaques foram as atividades de agenciamento de espaços de publicidade e a intermediação de negócios em geral.
Já o setor de informação e comunicação expandiu 2,2% no mês em meio ao aumento de receita nas atividades de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na internet, bem como das de telecomunicações e de exibição cinematográfica.
"Como é um mês de recesso escolar, é comum que muitas famílias tirem férias e as salas de cinema acabam tendo um bom desempenho nesse período", analisou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
O outro setor com crescimento em julho foi o de outros serviços, que subiu 0,2%. Por outro lado, os transportes tiveram queda de 1,5% e os serviços prestados às famílias contraíram 0,2%.
A pesquisa ainda mostrou que o índice de atividades turísticas contraiu 0,9% em julho sobre o mês anterior, uma vez que os preços das passagens aéreas cresceram 19,39% e os de aluguel de veículos aumentaram 6,93%.