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Setor de serviços se recupera e cresce 10,9% em 2021

Alta foi puxada pelo turismo, transportes, informação e comunicação.

15 fev 2022 - 02h00
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Foto: Pixabay

Após o recuo expressivo durante o período mais crítico da pandemia, o setor de serviços se recuperou e fechou o ano de 2021 com crescimento geral de 10,9%. As áreas que mais subiram foram atividades turísticas (21,1%), serviços prestados às famílias (18,2%), transportes e serviços auxiliares aos transportes (15,1%), informação e comunicação (9,4%) e serviços administrativos (7,3%). O setor de serviços responde por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Os números foram divulgados pelo IBGE. Trata-se de uma boa notícia diante do tombo registrado em 2020, quando o setor de serviços registrou queda de 7,8%. O estado com melhor desempenho foi São Paulo, seguido de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Um dos grandes destaques foram as atividades turísticas, que cresceram 21,1% ao longo de 2021, em comparação com o ano anterior, de acordo com o IBGE. O crescimento foi impulsionado sobretudo pelo transporte aéreo, hotéis e restaurantes, rodoviário coletivo de passageiros e locação de automóveis. 

Os dados mais positivos nessa área foram registrados em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Nos primeiros meses de 2020, o setor de serviços foi duramente afetado em função da necessidade de isolamento social e do fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial”, explica Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE. 

“Por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades de negócios para serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares, que tiveram ganhos mais expressivos e compensaram as perdas dos serviços de caráter presencial”, completa Lobo.

Mesmo com os números positivos, é necessário cautela com o cenário econômico. “O crescimento ainda está abaixo do momento pré-pandemia. Esse crescimento deveria ser muito maior, já que o setor de serviços representa uma parte expressiva do PIB. Isso indica que estamos andando de lado e para trás”, afirma VanDyck Silveira, CEO da Trevisan Escola de Negócios, à Agência EY.  

“Crescer 10,9% em cima de uma base tão baixa não é nenhum mérito. O que precisa é medir sobre antes da pandemia e comparar com o resto do mundo. Estados Unidos e Europa, por exemplo, estão bombando”, completa Trevisan.

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