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Setor público tem superávit primário de R$ 16,8 bi em abril

Em 12 meses até abril, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,87% do PIB

30 mai 2014 - 11h04
(atualizado às 11h19)
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O setor público brasileiro registrou superávit primário de R$ 16,896 bilhões em abril, melhor resultado para esse mês desde 2011, num resultado influenciado por arrecadação sazonal e alta receita com dividendos. O resultado ficou acima do projetado por analistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava saldo positivo de R$ 15 bilhões.

Em 12 meses até o mês passado, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,87% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas). Em abril de 2011, o superávit primário ficou em R$ 18,052 bilhões.

Do total da economia realizada em abril, o governo central - governo federal, Banco Central e Previdência - realizou superávit primário de R$ 16,854 bilhões. O número positivo de abril foi garantido pelo governo federal, com primário de R$ 19,816 bilhões. No período, as estatais pagaram dividendos de R$ 2,341 bilhões, informou na véspera o Tesouro Nacional.

Mas os governos regionais tiveram desempenho pouco expressivo ao registrar saldo positivo de apenas R$ 358 milhões, similar ao resultado de março e muito aquém dos R$ 5,468 bilhões vistos em fevereiro, quando foram beneficiados por fortes repasses da União.

Desempenho no ano

O saldo fiscal do setor público acumulado de janeiro a abril de R$ 42,527 bilhões está apenas um pouco acima do montante de R$ 41,048 bilhões em igual período do ano de 2013 devido ao baixo crescimento econômico e fraca arrecadação federal.

Para tentar melhorar o desempenho desse ano, o governo elevou a estimativa de receitas extraordinárias de maio a dezembro para R$ 24,338 bilhões.

As manobras fiscais usadas pelo governo nos últimos anos para fechar as contas abalaram a confiança dos agentes econômicos. E para reverter o quadro, o governo ajustou, recentemente, a meta de superávit primário para torná-la "mais realista" neste ano, de R$ 99 bilhões, ou 1,9% do PIB.

Para 2015, o governo fixou o alvo em R$ 143,3 bilhões, ou 2,5% do PIB, mas afirmou que o objetivo mínimo e ajustado será de 2% do PIB.

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