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Setor siderúrgico do Brasil critica acordo Mercosul-UE

1 jul 2019 - 18h48
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A indústria produtora de aço do Brasil criticou nesta segunda-feira o acordo preliminar de livre comércio assinado entre Mercosul e União Europeia, afirmando que o pacto não trará ganhos para o setor.

Operário trabalha numa usina de aço, na Alemanha. 28/1/2019. REUTERS/Wolfgang Rattay
Operário trabalha numa usina de aço, na Alemanha. 28/1/2019. REUTERS/Wolfgang Rattay
Foto: Reuters

"Com o acordo, a indústria brasileira do aço perde a preferência em relação ao Mercosul e ainda corre o risco de ter material de países fora do bloco da União Europeia, entrando no mercado por meio de empresas da região travestido de material local", disse o Instituto Aço Brasil (IABr).

Segundo a entidade, os produtores de aço do país têm uma ociosidade de 34 por cento na capacidade instalada devido à crise econômica do país e ao excesso de oferta mundial de aço.

"O Instituto Aço Brasil entende que as assimetrias competitivas têm que ser corrigidas o quanto antes para que a indústria brasileira do aço possa ter competitividade nessa guerra de mercado", afirmou a entidade em comunicado. Por assimetrias competitivas, o IABr costuma se referir a custos tributários elevados e infraestrutura deficitária que encarece a logística, entre outros fatores.

"Qualquer abertura sem corrigir assimetrias só agrava a situação da siderurgia, que já enfrenta mercado deprimido e excesso global de oferta de aço de 545 milhões de toneladas", acrescentou a entidade.

A indústria siderúrgica brasileira tem atualmente alíquota de importação média de 12%, que será zerada após o período de transição do acordo. Segundo o IABr, a taxação atual representa proteção negativa, uma vez que "as assimetrias competitivas do país são muitas".

De janeiro a maio, a produção brasileira de aço bruto caiu 1,5% sobre o mesmo período do ano passado, para 14 milhões de toneladas. Já as vendas de aço no país tiveram alta de 4,6%, para 7,4 milhões de toneladas.

No fim do abril, o IABr reduziu projeções de desempenho para 2019 após um primeiro trimestre abaixo do esperado, em meio à decepção com o ritmo da economia brasileira e aumentos de custos ligados ao desastre da mina da Vale em Brumadinho, em janeiro.

A projeção aponta crescimento de 2,2% na produção de aço bruto do país, a 36 milhões de toneladas, ante estimativa divulgada em dezembro de alta de 2,7%. A expectativa da entidade para as vendas no mercado interno é de alta de 4,1% este ano, a 19,6 milhões de toneladas de aço. No fim de 2018, a previsão do IABr era de avanço de 5,8% nas vendas internas.

No domingo, Bolsonaro afirmou que o acordo do Mercosul com a UE deverá entrar em vigor em até 3 anos.

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